A lista de militares de variadas patentes investigados por suspeita de corrupção e malfeitos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) tem provocado danos à imagem do Exército. Depois de escândalos dos últimos dias, quando mais oficiais foram implicados no caso das joias enviadas como presente ao ex-presidente, o comandante da Força, general Tomás Paiva, enviou uma ordem interna com medidas que tentam distanciar a instituição de casos de ilegalidades.
O desvio de joias não é a única suspeita que coloca os militares na mira da Polícia Federal. Eles também são investigados por iniciativas de caráter golpista que incluem os ataques de 8 de janeiro.
Segundo uma pesquisa Genial/Quaest, as Forças Armadas foram a única instituição brasileira com piora significativa nos índices de confiança da população. O levantamento mostrou queda de 43% para 33%, entre dezembro de 2022 e agosto de 2023, no percentual de brasileiros que dizem "confiar muito" nos militares. A redução é mais acentuada entre eleitores de Jair Bolsonaro –caiu de 61% para 40%.
Além de enfrentar o desgaste externo na imagem, o comandante tem liderado um esforço interno para "fortalecer a coesão" e valorizar a "família militar". Medidas como aumentos salariais devem ser propostas com foco em praças e suboficiais, para aumentar o ânimo de militares de baixa patente.
O episódio desta terça-feira (22) do Café da Manhã discute a crise na imagem das Forças Armadas, explica as estratégias do Exército para melhorar a percepção das pessoas sobre os militares e analisa os desafios internos e externos que a instituição tem pela frente. O podcast entrevista Cézar Feitoza, repórter da Folha em Brasília.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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