Podcast: como operação sobre desvio de joias chega mais perto de Bolsonaro

Moraes diz que apuração aponta para uso do governo para vender presentes; defesa do ex-presidente afirma que ele jamais desviou bens públicos

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São Paulo

A operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (11), que incluiu mandados de busca e apreensão mirando aliados de Jair Bolsonaro (PL), pode ser vista como a que chega mais perto do ex-presidente até aqui no cerco jurídico que se fecha contra ele.

Batizada de Lucas 12:2, ela foi autorizada por Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das milícias digitais do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o ministro, as investigações da PF indicam a suspeita de que Bolsonaro usou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor dados por autoridades estrangeiras e receber em dinheiro, em operações que não passariam pelo sistema bancário formal.

Os bens seriam vendidos nos EUA e teriam sido levados por auxiliares no avião que transportou o então presidente dias antes de ele deixar o cargo. Estariam envolvidos no esquema o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o pai dele, o general da reserva Mauro Lourena Cid, além do segundo-tenente Osmar Crivelatti. Outro alvo da operação foi o advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente.

A PF pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Depois da operação, a defesa de Bolsonaro negou que ele tenha se apropriado e desviado bens públicos. O advogado de Mauro Cid, que disse que ainda não tinha tido acesso aos autos da investigação, deixou o caso. E o advogado Frederick Wassef afirma que está sendo alvo de mentiras, que só soube das joias pela imprensa, e negou ter participado do esquema.

O Café da Manhã desta segunda-feira (14) explica por que essa é a operação que chega mais perto de Bolsonaro até aqui e analisa os desdobramentos dela para o cerco jurídico em torno do ex-presidente. O podcast entrevista Fábio Serapião e Mateus Vargas, repórteres da Folha em Brasília.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.

Imagem de capa do podcast Café da Manhã, com o nome do programa escrito sobre vários recortes de jornais. Logos de de Spotify e Folha de S.Paulo podem ser vistas nos cantos
Reprodução
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