Uma operação da Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (8) duas pessoas suspeitas de participarem de planos para executar ataques terroristas. A investigação aponta que o planejamento envolveria recrutados pelo Hezbollah, grupo extremista islâmico xiita que atua no Líbano, e teria como alvo prédios da comunidade judaica no Brasil.
A PF cumpriu ainda 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Dois brasileiros que estariam no Líbano tiveram seus nomes incluídos na difusão vermelha da Interpol. A Confederação Israelita do Brasil manifestou "enorme preocupação" com as suspeitas de atentados e pediu o combate a qualquer tipo de terrorismo.
A guerra no Oriente Médio fez crescer os casos de antissemitismo e islamofobia em vários países. Os Estados Unidos falam em um aumento de 400% nos ataques contra judeus e em um maior número de ações ofensivas contra muçulmanos desde 2015.
Um menino de seis anos, americano-palestino, foi morto a facadas no estado de Illinois menos de dez dias depois do começo da guerra. Na Alemanha e na França, casas de judeus foram marcadas com pichações da estrela de Davi, como se fazia durante o nazismo.
No episódio desta quinta-feira (9), o Café da Manhã discute como antissemitismo e islamofobia têm crescido em meio à guerra e analisa em que medida críticas e preconceitos se confundem. O podcast entrevista Michel Gherman, professor do departamento de sociologia e do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da UFRJ.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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