O incômodo com o outro lado na política não passou. Mais de um ano depois de uma eleição profundamente polarizada, o Brasil segue —e seguirá— dividido, segundo avaliam o jornalista Thomas Traumann e o cientista político Felipe Nunes, autores de "Biografia do Abismo: Como a Polarização Divide Famílias, Desafia Empresas e Compromete o Futuro do Brasil".
Lançado na semana passada, o livro analisa como a polarização extrapolou o voto e chegou a espaços como centros religiosos e esportivos, salas de aula e lojas; preferências ideológicas passaram a pautar o consumo e a se colar à identidade de cada pessoa. Com essa calcificação, lulistas e bolsonaristas acreditam em um país tão diferente do outro que é como se vivessem em sociedades opostas.
Traumann e Nunes analisaram pesquisas feitas pela Genial/Quaest entre 2021 e junho deste ano —um banco de dados de quase 99 mil entrevistas realizadas em todo o país, e de 150 grupos de discussão na campanha eleitoral.
O Café da Manhã desta segunda-feira (4) fala do nível que a polarização alcançou no Brasil, como isso impactou relações pessoais, profissionais e sociais e o que deve vir pela frente. Os autores de "Biografia do Abismo" analisam se existe chance de reconciliação.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com colaboração de Daniel Castro e Magê Flores. A produção é de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe e a edição de som, de Thomé Granemann.
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