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Fazenda mantém previsão do PIB neste ano e aposta em queda do IPCA em 2012
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DE SÃO PAULO
Atualizado às 14h45.
O Ministério da Fazenda mantém sua projeção oficial de crescimento da economia brasileira de 3,8% neste ano, apesar de o ministro Guido Mantega ter dito nesta semana que será "muito difícil" alcançar esse resultado após a estagnação econômica do terceiro trimestre.
A estimativa está no boletim Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado nesta sexta-feira (9), mas que reflete o período agosto-outubro e que considera dados atualizados em 30 de novembro.
Na estimativa do ministério, a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) já teria começado a perder ritmo e deve seguir uma tendência de baixa.
"Daqui em diante, espera-se que a inflação desacelere sucessivamente nos próximos meses. De acordo com o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central do Brasil em setembro, o "IPCA deve encerrar 2011 com variação anual de 6,4% e convergir para o centro da meta de 4,5% em 2012-2013".
Na terça-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre na comparação com o período anterior, feito o ajuste sazonal.
Nos primeiros nove meses do ano, o crescimento acumulado é de 3,2%. Na ocasião, Mantega evitou fazer uma nova previsão, mas disse que o país poderia ter crescimento no patamar dos 3,2% já alcançados neste ano.
Para 2012, o boletim traz a projeção de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) do país de 5%, mesmo percentual apresentado no boletim do bimestre anterior.
No documento do período entre maio e julho, a Fazenda trabalhava com expectativa de crescimento econômico de 4,5% neste ano. A projeção do boletim da Fazenda incorpora uma expectativa de aumento da demanda doméstica de 4,7% em 2011 e uma queda da demanda externa de 0,9%.
Para 2012, a estimativa é de crescimento de 5,6% da demanda doméstica, enquanto a externa produziria uma contribuição negativa de 0,6% para o PIB do país. Segundo o documento, o crescimento voltará a acelerar nos próximos trimestres por força do mercado doméstico.
"A difusão dos investimentos produtivos e a solidez do consumo das famílias sustentarão crescimento acima das expectativas de mercado ao longo dos próximos anos", traz o boletim.
Com informações do Valor
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