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24/04/2012 - 22h37

Cidade sem prefeito no ES já enfrenta sinais de crise na administração

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NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO

Sem prefeito desde que foi alvo de operação da Polícia Federal na semana passada, o município de Presidente Kennedy (ES) enfrenta problemas e sinais de crise em setores da administração.

Carros de emergência em saúde, por exemplo, estão sem combustível --e não há quem autorize as compras.

Operação prende prefeito no ES suspeito por desvio de R$ 50 milhões

Caminhões-pipa que levam água para localidades próximas também registram estoques baixos de combustível. O pagamento do funcionalismo ameaça atrasar.

A cidade está sem comando desde a prisão, no último dia 19, do prefeito Reginaldo Quinta (PTB) na operação Lee Oswald --batizada em alusão ao assassino de John Kennedy (1917-1963), presidente dos EUA que dá nome à cidade.

Segundo a PF, Quinta é suspeito de fraudes em licitações e de desvios até R$ 50 milhões da prefeitura.

O impasse na administração ocorre porque as autoridades na linha de sucessão têm pendências jurídicas ou estão impossibilitadas de assumir por outros motivos.

Em primeiro lugar na lista de sucessão, o vice-prefeito Edson Nogueira (PSD) chegou a ser empossado após a operação, mas acabou sem o cargo. No mesmo dia em que tomou posse, Justiça suspendeu liminar que o favorecia e confirmou a cassação que sofrera em 2011.

Quem deveria assumir era o presidente da Câmara Municipal ou algum integrante da Mesa Diretora da Casa. Todos, porém, foram afastados pela Justiça após a operação sob suspeita de omissão em relação às supostas fraudes.

O juiz da comarca local não pôde assumir por ter pedido o afastamento do vice-prefeito ao suspender a liminar que o mantinha no posto. Segundo o governo do Estado, isso implicaria em um conflito de interesses.

Diante do impasse, o Ministério Público enviou pedido ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo para que o governo nomeie um interventor para a cidade até janeiro. Mas até a noite desta terça-feira (24), não havia previsão de análise do pedido pelo tribunal.

Caso a ideia de um interventor seja aprovada, a decisão será do governador Renato Casagrande (PSB). Ainda sem nomes, ele diz defender a escolha de alguém com perfil mais "técnico", não vinculado a partidos, para que não haja influência nas eleições municipais.

As investigações da PF começaram há seis meses e causaram a prisão de 18 pessoas. Entre elas estão o procurador-geral do município e outros seis secretários, de acordo com a prefeitura.

Apesar da falta de comando, a prefeitura diz que todas as secretarias estão funcionando normalmente e que pretende resolver o problema da falta de combustíveis em breve.

 

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