Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/10/2012 - 02h32

Em debate no Rio, Paes é atacado por suposta compra de apoio e gestão

Publicidade

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), foi o principal alvo no debate da TV Globo, concluído na madrugada nesta sexta-feira (5), entre candidatos da cidade. Foi atacado pela suposta compra de apoio político do nanico PTN, pela relação com empresários de ônibus e por sua gestão.

O peemedebista foi questionado por duas vezes pela suposta compra de apoio do PTN sob promessa de pagamento de R$ 1 milhão, sob investigação do Ministério Público Eleitoral. Ele contra-atacou os deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Rodrigo Maia (DEM).

Na abertura do programa, o socialista questionou Paes sobre o que chamou de "mensalão carioca".

"O mensalão carioca era operado pelo chefe da Casa Civil da prefeitura (o deputado Pedro Paulo)", disse Freixo.

Paes afirmou que o vídeo divulgado pela revista "Veja" mostrava um "dirigente partidário boquirroto, afastado pela Direção Nacional de seu partido". "É um típico denuncismo de última semana de campanha. Todo o apoio recebido e dado foi dentro da lei. O pagamento que ele disse que receberia (R$ 800 mil) da Rioluz foi negado pela minha administração".

Para atacar Freixo, lembrou a presença do candidato Berg Nordestino, ligado a milícia na zona oeste, na chapa do PSOL. Disse ainda que o partido socialista tem aliança com o PTN em outras cidades do país. "Você deveria ter mais cuidado com as suas alianças".
Freixo disse que o partido expulsou o candidato suspeito assim que identificou o vínculo com criminosos.

Maia voltou ao tema no terceiro bloco. Ele questionou: "Se o PTN, que nem representação no Congresso tem, quanto custou os outros 18 partidos?"

Paes afirmou que Jorge Esch, flagrado no vídeo, trabalhou com o "pai do candidato Rodrigo", o ex-prefeito César Maia (DEM), e nunca teve cargo em seu governo. Ele era membro da Rioluz e reclamava uma suposta dívida de R$ 800 mil da estatal.

"Se ele (Esch) quis contar vantagem com os amigotes dele dizendo que iria ganhar dinheiro, se deu muito mal. O apoio que o meu partido deu (ao PTN) é o mesmo que a todos da minha aliança. Acabou o tempo daquela gente que está no entorno da candidatura do Rodrigo Maia que só queria conflito. Juntamos forças para governar o Rio", disse Paes.

'VIRA HOMEM'

Após o debate, Paes afirmou que foi alvo de "baixarias" dos candidatos em razão dos ataques. Maia se irritou com a crítica.

"Ele tem que virar homem. Vira homem. Assuma a posição de prefeito da cidade e responda à crítica", disse Maia, em coletiva após o debate.

"Não sou comentarista de opiniões dos outros", disse Paes após a fala do adversário.

ÔNIBUS

A relação com os empresários de ônibus foi por duas vezes tema de dobradinha entre Freixo e Maia, que concentraram os ataques mais duros.

O candidato do DEM lembrou propaganda da Rio Ônibus (sindicato da empresa de ônibus) que remetia a site com foto de Paes. Maia conseguiu na Justiça Eleitoral vetar o anúncio.

Maia criticou a cobrança de apenas 0,01% de ISS. "Não é estranho você (eleitor) pagar tanto imposto, e elas (empresas de ônibus) ganharem R$ 40 milhões (em renúncia fiscal)?".

Freixo, por sua vez, lembrou em duas oportunidades decisão do Tribunal de Contas do Município que apontou indícios de cartel na licitação do sistema de transporte.

"O nível de subserviência e terrível para a cidade e a democracia", disse o socialista.
Paes respondeu de forma rápida afirmando que não é possível formar cartel num serviço com concessão pública com tarifa determinada pela prefeitura.

A candidata Aspásia Camargo (PV) também atacou Paes por se omitir nas falhas do transporte público de responsabilidade estadual, como trens e metrô.

"Falta comando e autoridade para negociar e cobrar dos entes governamentais. Trens quebram o tempo todo. O prefeito talvez não queira criar um problema com o governador. Não houve liderança firme", disse ela.

O candidato Otávio Leite (PSDB) optou por centrar críticas à gestão do peemedebista. Afirmou que a educação perdeu a cada ano da administração Paes R$ 500 milhões, por não respeita o mínimo constitucional de 25% do orçamento para o setor.

O tucano reservou o ataque ao último bloco tendo com alvo o PT. Pediu solidariedade ao STF no julgamento do mensalão. Afirmou que "mafiosos foram colocados no Palácio do Planalto".

Quando foi responsável pelos questionamentos, Paes expôs suas obras na área da educação infantil, saneamento e saúde.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página