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08/10/2012 - 08h19

'Cana neles', pede eleitor ao relator do processo do mensalão

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MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

Relator do julgamento do mensalão, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa foi saudado efusivamente por eleitores ao chegar para votar pela manhã no clube Monte Líbano, na Lagoa (zona sul do Rio).

Da entrada do clube até a urna, Barbosa ouviu elogios e pedidos de fotos.

Entre as pessoas que pediram uma fotografia com o ministro, estava o supervisor da 17ª zona eleitoral, Luiz Henrique Vieira, 49, que a postou imediatamente em seu perfil em uma rede social.

"Coloquei no Facebook e já está 'bombando'", disse à reportagem, usando seu celular para mostrar a imagem no site. A legenda da foto dizia: "Esse me dá orgulho de ser brasileiro!!!!".

Quando um cidadão o saudou dizendo "ministro, cana neles", em referência aos réus do julgamento do mensalão, Barbosa disse que esse tipo de manifestação era comum.

"Muitos falam assim, mas eu não dou bola, porque não é disso que se trata."

Ao comentar as eleições no Rio, o ministro, que fez aniversário ontem, disse que gostaria que houvesse um segundo turno na disputa para prefeito da cidade.

"Segundo turno é sempre bom, né? É uma depuração", afirmou Barbosa, que não quis declarar seu voto.

Questionado se teria votado em Eduardo Paes (PMDB) na eleição anterior (quando o atual prefeito do Rio derrotou Fernando Gabeira no segundo turno), respondeu: "Acho que sim". Mas acrescentou que isso não permitia tirar conclusões sobre seu voto na eleição atual.

Afirmou ainda já ter "votado muito no Gabeira", mas que não o fez naquela ocasião porque não havia gostado "da aliança" (com o PSDB e o PPS) feita pelo então candidato do PV.

O ministro também disse que o julgamento do mensalão não iria influenciar as eleições municipais. "São eleições e assuntos locais, que não têm nada a ver com questões nacionais."

Ao comentar a disputa eleitoral à Prefeitura de São Paulo, disse que a corrida estava "emboladinha" e não quis arriscar um palpite para o segundo turno: "Eu não entendo bem São Paulo", afirmou, com um sorriso.

O ministro falou até mesmo sobre uma máscara de Carnaval imitando seu rosto: "Cá para nós, a máscara não parece comigo".

LUIZ FUX

Outro ministro do STF a votar no Rio, Luiz Fux também afirmou não acreditar em influência do julgamento dos réus do mensalão sobre o resultado das eleições.

"São aspectos distintos da vida pública: pessoas que estão sendo julgadas por um determinado fato e a ideologia do povo sobre as eleições, os partidos que elas preferem", disse Fux.

O ministro votou em uma escola de Copacabana, na zona sul do Rio.

 

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