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João da Costa diz que não se sente culpado por derrota em Recife e quer ficar no PT
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FÁBIO GUIBU
DE RECIFE
Pivô do conflito que resultou na divisão do PT, no rompimento da aliança com o PSB e no fim de uma hegemonia de 12 anos à frente da Prefeitura de Recife, o prefeito da capital pernambucana, João da Costa (PT), disse que não se sente culpado pela derrota eleitoral e que quer permanecer no partido.
Costa disse à Folha que o resultado da eleição, encerrada no primeiro turno com a vitória de Geraldo Julio (PSB), "era previsível diante de todo o processo que aconteceu".
Para ele, a campanha petista teve "erros estratégicos muito sérios", como os ataques à sua gestão e a federalização da disputa municipal.
"Não mostrar as coisas boas que o governo fez e colocar a disputa em Recife como se fosse entre Lula e Eduardo Campos foi um erro", afirmou. "Lula não veio, e tudo isso foi se somando a um ambiente de desmotivação muito grande da militância."
Acusado por parte dos petistas de fazer campanha para Geraldo Julio, o prefeito afirmou que votou em Humberto e defendeu a reaproximação do PT com o PSB.
"Continuo defendendo que o PSB é um aliado estratégico para o nosso campo progressista, e que o PT deve ter o PSB como aliado fundamental para o processo político."
Os dois partidos romperam em Recife após a cúpula nacional do PT vetar a tentativa de reeleição de João da Costa, alegando que lhe faltavam condições políticas para enfrentar a disputa.
Com uma gestão impopular, João da Costa havia derrotado o ex-deputado Maurício Rands em uma prévia contestada judicialmente.
A consulta foi anulada pelo partido, e Humberto Costa foi imposto candidato. O processo levou Rands a renunciar ao mandato, deixar o partido e abandonar a vida pública.
O PSB também aproveitou a confusão para romper a aliança com os petistas e lançar seu candidato, com a bênção do governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos.
Para o prefeito, a responsabilidade pela derrota eleitoral deve ser dividida entre "muitos personagens, inclusive a direção nacional do partido".
"Eu tenho a minha parcela também, mas não sou o culpado por ela [a derrota]. Isso é uma responsabilidade coletiva, e não individual."
Sobre a possibilidade de ser expulso do partido, João da Costa disse que já pagou um um preço "muito grande" com a repercussão dos conflitos internos do PT e que não espera, agora, uma "caça às bruxas".
"Não acredito que o caminho do PT seja me expulsar. Não vejo espaço para prosperar esse tipo de encaminhamento. Isso não resolve os problemas do partido", declarou.
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