'Fake news' não deixam Instant Articles, diz site

Rede social afirmou que trabalha para melhorar seus sistemas constantemente

São Paulo

Enquanto grandes jornais do mundo abandonam as postagens em Instant Articles do Facebook, sites de notícias falsas ganham dinheiro ao usar a plataforma de distribuição gratuita de conteúdo na rede social para propagar informações com mais rapidez.

Evento promovido pelo Facebook em Berlim
Evento promovido pelo Facebook em Berlim - Tobias Schwarz - 24.fev.2016/AFP

A informação é do site de notícias "BuzzFeed" e foi divulgada nesta quinta (8), depois de uma busca por notícias falsas, as "fake news", dentro da plataforma. Foram encontradas 29 páginas que estão usando o recurso para propagar informações completamente inverídicas na rede social.

Pelo menos 24 delas estão inscritas na plataforma Audience Network, em que editores podem incluir anúncios próprios ou usar a rede de publicidade do Facebook, que ganha receita com isso.

Os casos foram localizados com a pesquisa por palavras-chave relacionadas a notícias falsas na rede. Como resultado, inúmeras versões de notícias inventadas com indicações de uso de propagação pelo Instant Articles.

Ao "BuzzFeed" a rede social não comentou o fato de os artigos identificados terem passado ou não pelo processo de aprovação da plataforma. Afirmou apenas que trabalha para melhorar seus sistemas constantemente.

IDONEIDADE

Lançados em 2015, os artigos instantâneos foram criados para que veículos de comunicação pudessem carregar suas notícias rapidamente dentro do aplicativo móvel do Facebook.

No entanto, a ferramenta não deixa claro para os leitores se a empresa responsável pelo conteúdo é confiável.

Com a mudança recente do algoritmo do Facebook, que passou a privilegiar conteúdos de interação pessoal em vez de notícias produzidas por jornalismo profissional, a tendência é de a rede contribuir para a formação de 'bolhas' sociais e propagação de falsas notícias.

Alguns dos maiores jornais já abandonaram a plataforma Instant Articles, como o britânico "The Guardian" e o americano "The New York Times".

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