O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, negou nesta terça-feira (27) ter sido convidado para assumir o Ministério da Saúde em substituição a Ricardo Barros, como parte da reforma ministerial prevista pelo governo de Michel Temer.
Em declarações após o balanço de 2017 do banco público, que teve aumento de 107% no lucro em relação ao ano anterior, Occhi, que já foi ministro da Integração e das Cidades, desconversou ao ser questionado sobre o assunto.
"Eu continuo na Caixa Econômica. Eu não tenho hipótese alguma de ter sido ou convidado ou chamado. Isso para mim é mera especulação", afirmou.
O presidente da Caixa disse ainda não saber se havia sido indicado ao cargo pelo PP.
"Vocês é que têm dito isso. Continuo trabalhando, sou funcionário de carreira da Caixa Econômica, estou muito feliz onde estou. Os resultados estão sendo construídos com todos os empregados, e eu estou muito feliz", afirmou.
Occhi não quis dizer se aceitaria o convite. "Não vou nem discutir especulações aqui. É a mesma coisa se você me falar se eu vou para um lugar ou para o outro. Hoje estou na Caixa, estou muito feliz. Acho que tenho ainda muito a contribuir com o resultado da Caixa", ressaltou.
O nome de Occhi teria sido indicado pelo PP na semana passada. Temer e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, se reuniriam na tarde desta terça para definir a indicação. O partido também teria indicado outros dois nomes ao cargo.
Em janeiro, uma auditoria independente contratada pela Caixa sugeriu que fosse apurada a suspeita de que Occhi teria pedido propina para repassar para o PP. A acusação foi feita pelo corretor de valores Lúcio Funaro.
Em depoimento à Justiça Federal, ele afirmou que Occhi tinha uma “meta de propina” para repassar ao partido. O presidente da Caixa nega.
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