Occhi diz não ter 'hipótese' de ter sido convidado ao Ministério da Saúde

Presidente da Caixa afirmou ainda que está 'muito feliz' no banco público

Gilberto Occhi, presidente da Caixa, descartou ida ao Ministério da Saúde
Gilberto Occhi, presidente da Caixa, descartou ida ao Ministério da Saúde - REUTERS
Danielle Brant
São Paulo

 O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, negou nesta terça-feira (27) ter sido convidado para assumir o Ministério da Saúde em substituição a Ricardo Barros, como parte da reforma ministerial prevista pelo governo de Michel Temer.

Em declarações após o balanço de 2017 do banco público, que teve aumento de 107% no lucro em relação ao ano anterior, Occhi, que já foi ministro da Integração e das Cidades, desconversou ao ser questionado sobre o assunto.

"Eu continuo na Caixa Econômica. Eu não tenho hipótese alguma de ter sido ou convidado ou chamado. Isso para mim é mera especulação", afirmou.

O presidente da Caixa disse ainda não saber se havia sido indicado ao cargo pelo PP.

"Vocês é que têm dito isso. Continuo trabalhando, sou funcionário de carreira da Caixa Econômica, estou muito feliz onde estou. Os resultados estão sendo construídos com todos os empregados, e eu estou muito feliz", afirmou.

Occhi não quis dizer se aceitaria o convite. "Não vou nem discutir especulações aqui. É a mesma coisa se você me falar se eu vou para um lugar ou para o outro. Hoje estou na Caixa, estou muito feliz. Acho que tenho ainda muito a contribuir com o resultado da Caixa", ressaltou.

O nome de Occhi teria sido indicado pelo PP na semana passada. Temer e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, se reuniriam na tarde desta terça para definir a indicação. O partido também teria indicado outros dois nomes ao cargo. 

Em janeiro, uma auditoria independente contratada pela Caixa sugeriu que fosse apurada a suspeita de que Occhi teria pedido propina para repassar para o PP. A acusação foi feita pelo corretor de valores Lúcio Funaro.

Em depoimento à Justiça Federal, ele afirmou que Occhi tinha uma “meta de propina” para repassar ao partido. O presidente da Caixa nega.

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