Descrição de chapéu Eleições 2018

Economista de Bolsonaro diz que há dois pesos e medidas sobre apoio do centrão

Paulo Guedes afirmou que presidenciável foi criticado por buscar apoio do grupo, ao contrário de Alckmin

Rio de Janeiro

Economista de Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes criticou a reação da imprensa ao acordo entre o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) e partidos do centrão. Seriam dois pesos e duas medidas, pois Bolsonaro teria sido defenestrado por ter conversado com as mesmas legendas.

“A impressão que eu tenho é que havia muita crítica a ele por negociar com o centrão, e ele aparentemente não aceitou o toma lá, dá cá. Aí a mídia celebra agora a aliança do Geraldo Alckmin [PSDB] com o mesmo centrão, fala que ele vai ter sustentação parlamentar”, disse à Folha Guedes na convenção partidária que consagrará a candidatura de Bolsonaro, neste domingo (22), no Rio.

 

“É a consagração da velha política. Poxa, é como se fosse o abraço dos afogados. A Lava Jato veio com a ideia de acabar com a velha política, não era isso?”

Na véspera, o capitão reformado havia ironizado a aliança firmada por seu adversário tucano com os partidos do centrão —DEM, PP, SD e PR. 

Bolsonaro conversou com o PR de Valdemar Costa Neto, mas os diálogos não prosperaram. 

“Eu quero cumprimentar o Alckmin. Ele juntou a alta nata de tudo que não presta no Brasil ao lado dele”, disse. 

Cotada a vice de Bolsonaro, a advogada Janaina Paschoal afirmou que não será hoje que decidirá se aceita ou não o posto —já dispensado pelo senador e cantor gospel Magno Malta (PR) e pelo general reformado Augusto Heleno (PRP)

Coautora do pedido de impeachment da petista Dilma Rousseff e filiada ao PSL, Paschoal disse à reportagem que precisa “pensar bem antes de fechar uma parceria de quatro anos”. 
 

Anna Virginia Balloussier, Italo Nogueira e Talita Fernandes
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