Universal ataca vereadores que aprovaram impeachment de Crivella

Jornal da igreja acusa favoráveis da abertura de processo contra o prefeito de preconceito

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Rio de Janeiro

A Igreja Universal usou seu jornal para atacar os 16 vereadores que votaram a favor da abertura de processo de impeachment contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB).

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB)
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) - Adriano Machado - 21.fev.18/Reuters

Em texto publicado no domingo (22) na Folha Universal, a igreja destaca que os evangélicos "formam uma frente coesa" e ignorar esse eleitorado é um "erro".

"No momento que mais se discute a importância do voto dos evangélicos, que já se aproximam dos 40% da população, o pior erro que um político pode cometer é se aliar a quem despreza esse segmento", diz o texto publicado no jornal.

Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella é acusado de oferecer ajuda para encaminhar fiéis a cirurgias e para agilizar processos de isenção da cobrança de IPTU das igrejas em reunião no Palácio da Cidade, uma das sedes da prefeitura.

O prefeito nega favorecimento e diz que teve apenas o objetivo de prestar contas de sua gestão e apresentar aos presentes programas sociais da prefeitura.

A oposição tentou a abertura de um processo de impeachment, mas foi derrotada por 29 a 16. Ainda assim, o prefeito é réu num processo na Justiça por ferir a laicidade do Estado em nove oportunidades.

Sob o título "Os evangélicos estão de olho neles", o texto da Folha Universal ataca as intenções dos vereadores.

"Será mesmo que é em defesa do Estado laico que os justiceiros da indignação seletiva lutam? Ou o problema é ter um evangélico (que não faz parte do 'esquema') na prefeitura da segunda cidade mais importante do país e uma das maiores e principais do mundo?", diz o jornal.

O texto menciona ainda a absolvição do ex-prefeito César Maia (DEM), que votou contra Crivella, numa ação civil pública em que era acusado de usar dinheiro público para construir uma igreja. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) arquivou o caso.

"Já imaginou se Crivella tivesse usado dinheiro da prefeitura para construir uma igreja evangélica?", apontou o texto.

Um dos mencionados no texto, o vereador Fernando William afirmou que o prefeito "tenta, para justificar sua brutal incapacidade de gestão, se vitimizar da forma mais torpe".

"Mais cedo ou mais tarde, mesmo a população mais pobre vai perceber o que está por trás desta igreja", disse.

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