A Folha recebeu de seus leitores via WhatsApp uma corrente onde dizia que Guilherme Boulos, candidato do PSOL à presidência, é funcionário fantasma da Universidade de São Paulo (USP). O conteúdo não é verdadeiro.
A mensagem diz que Boulos é professor da USP e não dá aula na universidade há muito tempo. Além disso, a corrente afirma que o portal da transparência da USP omite a folha de pagamento do suposto funcionário.
Em seu currículo Lattes, consta que o candidato do PSOL tem atuação profissional na USP desde 2014, mas sem especificar vínculo e enquadramento funcional. O campo é destinado apenas a vínculos profissionais, sem incluir bolsas estudantis.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Boulos, que informou que seu currículo acadêmico não é atualizado desde 2017. “Guilherme Boulos não tem, nem nunca teve nenhum vínculo empregatício com a USP”, disse.
Boulos foi bolsista da Capes de 2014 a 2016 e concluiu mestrado em Psiquiatria na Faculdade de Medicina da USP. “É a este vínculo que o currículo se refere”, afirmou a assessoria.
Entre 2013 e 2017, Boulos ministrou dois cursos na Escola de Educação Permanente (EPP) do Hospital das Clínicas –fundação que disponibiliza cursos de especialização ao público em geral: "Liderança por valores", curso a distância (EAD), e "Liderança – Liderando por Valores, o Reconhecimento do Líder em Si", ambos coordenados por Marcos Boulos, professor e doutor da USP, pai de Guilherme Boulos.
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