O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmim, defendeu nesta terça-feira (18) uma reforma tributária parecida com a que foi realizada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O comentário foi feito durante uma caminhada da campanha pelo Brás, zona de comércio popular de São Paulo.
Alckmin afirmou que, se eleito, vai reduzir os impostos cobrados sobre o lucro das empresas — IRRJ (Imposto de Renda para a Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e, para compensar a perda de arrecadação, elevará taxação de dividendos, que recai sobre o ganho recebido pelos acionistas.
Segundo apurou a reportagem com a assessoria econômica do candidato, o plano é reduziu o IRPJ e a CSLL, que hoje somam 34%, para no máximo 21%. Conforme a proposta, as empresas também passariam a ter apenas a distribuição de dividendos como forma de remunerar seus acionistas, pois o pagamento de juros por aportes de capital seria extinto.
Alckmin afirmou ainda que o objetivo de sua proposta de reforma tributária que inclui também a unificação dos impostos sobre o consumo - é atrair investimentos e gerar empregos.
Questionado pela Folha, se essa reforma é parecida com a que foi feita por Trump, o candidato reconheceu que é o “mesmo conceito”.
“O mundo inteiro está reduzindo impostos e o Brasil disputa investimentos com os Estados Unidos, América Latina e outros países”, disse.
Em dezembro de 2017, Trump aprovou uma nova legislação, chamada de “Lei de redução de impostos e geração de empregos”, que reduziu os impostos cobrados sobre o lucro das empresas de 35% para 21%. A medida tem sido elogiada pelo setor privado americano, embora o mandatário seja também frequentemente criticado por medidas protecionistas, que tentam manter fábricas nos EUA.
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