Até março eu só tinha dois votos, diz ex-juiz que venceu primeiro turno para o governo do Rio

Com 97% das urnas apuradas, Witzel tinha 41,28% dos votos válidos, contra 19,58% de Paes

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O ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) foi o candidato mais votado no primeiro turno para o governo do Rio
O ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) foi o candidato mais votado no primeiro turno para o governo do Rio - Mauro Pimentel/AFP
Rio de Janeiro

Candidato mais votado no primeiro turno para o governo do Rio, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) agradeceu na noite deste domingo (7) o “apoio querido” da família Bolsonaro e disse que sua votação reforça o sentimento de renovação do eleitor. Witzel, que iniciou a campanha com apenas 1% das intenções de voto, obteve o dobro dos votos do segundo colocado, Eduardo Paes (DEM).

Com 97% das urnas apuradas, Witzel tinha 41,28% dos votos válidos, contra 19,58% do ex-prefeito. Em entrevista após a confirmação do segundo turno, ele reconheceu que o apoio do clã Bolsonaro teve papel importante em seu crescimento. Ele diz, porém, que não se surpreendeu com o resultado, pois percebia o “carinho” da população durante a campanha.

“Até março, eu só tinha dois votos: o da minha mulher e o do pastor Everaldo [presidente do PSC, que o acompanhou na entrevista]”, comentou o candidato. “Agora as pessoas sabem que é o Witzel, elas nos viram nas ruas e nos debates.”

Esta semana, o candidato declarou publicamente apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), embora seu partido faça parte da coligação de Álvaro Dias (Podemos). Nas ruas, vinha fazendo campanha com Flávio Bolsonaro (PSL) eleito senador neste domingo.

“Tive que fazer uma escolha no decorrer da semana. Percebemos que nossas ideias estavam mais alinhadas”, afirmou ele. “A população mostrou que quer um combate duro à corrupção, quer mais segura a e saude.”

Embora admita que o apoio cresceu na reta final da campanha, o ex-juiz criticou as pesquisas eleitorais. “As pesquisas precisam ser repensadas, porque elas não estão conseguindo mais retratar a realidade”, afirmou.

Witzel apareceu na entrevista enrolado em uma bandeira do estado do Rio. Entre seus acompanhantes, além de Everaldo e de sua esposa, estava o deputado estadual recém-eleito Rodrigo Amorim (PSL), que esta semana rasgou uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março.

Perguntado sobre o tratamento que dará, se eleito, às investigações sobre o caso, Witzel disse que “será investigado exatamente como qualquer outro caso”. “Eu, como juiz criminal, tenho muita experiência para compartilhar com a polícia”, completou.

Ele disse que aceitará apoio de candidatos derrotados no primeiro turno, mas não dará cargos em troca. “Secretarias e órgãos serão ocupados por técnicos”, prometeu. “O apoio, se vier, é apoio para quem teve mais de três milhões de votos.”

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