Diretores ficaram soltos para promover a corrupção, diz Haddad sobre governos petistas

Candidato disse que pretende criar controladorias nas estatais para impedir desvios

O candidato do PT Fernando Haddad se encontra com coletivos culturais periféricos na zona oeste de São Paulo
O candidato do PT Fernando Haddad se encontra com coletivos culturais periféricos na zona oeste de São Paulo - Amanda Perobelli/Reuters
Catia Seabra
São Paulo

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, reconheceu na manhã deste sábado (13) que faltou controle interno nas estatais para combate à corrupção durante os governos petistas.

Questionado sobre declarações do senador derrotado no Acre Jorge Viana em entrevista à Folha, segundo quem faltou autocrítica ao partido, Haddad disse que todo dia faz críticas a equívocos cometidos pelo partido e aliados, mas sempre apontando saídas.

O presidenciável citou, como exemplo, a controladoria interna implantada no Ministério de Educação, pasta que comandou por sete anos. Ele disse que pretende estender o modelo às estatais.

"Faltou controle interno das estatais, isso ficou claro. Os diretores ficaram soltos para promover corrupção e enriquecer", disse Haddad, frisando ser um enriquecimento individual desses diretores.

Instado a apontar culpados, o candidato disse que cabe à Justiça dar a palavra final, depois da conclusão do processo.

Na entrevista, Haddad admitiu a hipótese de prisão de dirigentes partidários caso confirmado o enriquecimento pessoal. “Aí é pior. Se algum dirigente comete erro, garantido o amplo direito de defesa, mas se concluir que alguém enriqueceu, tem que ir para a cadeia”, disse.

O presidenciável voltou a desafiar o adversário Jair Bolsonaro para o debate, ainda que com regras estabelecidas pelo capitão reformado. Chamado de fantoche de Lula por Bolsonaro, o petista comentou: "um cara que bate continência para a bandeira americana não tem moral para falar de outra pessoa", reagiu. 

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