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Haddad pede que TSE convoque WhatsApp para investigar 'crime eleitoral'

Petista diz que aplicativo deve estar 'a serviço da democracia' e pede medidas

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Candidato Fernando Haddad se encontra com intelectuais no Hotel Matsubara
Candidato Fernando Haddad se encontra com intelectuais no Hotel Matsubara - Marlene Bergamo/Folhapress

O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, pediu que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) convoque "imediatamente" o WhatsApp para investigar o disparo de mensagens em massa, por meio do aplicativo, com informações falsas contra sua candidatura. 

De acordo com o petista, é preciso identificar, ainda antes do segundo turno, as empresas que compraram esses pacotes de distribuição em massa, o que configuraria, na sua avaliação, "crime eleitoral" por parte da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).

"Cabe ao TSE tomar as medidas. Tem três personagens envolvidos: quem pagou [os pacotes de mensagem], quem disparou, e o próprio WhatsApp, que é uma tecnologia, mas tem que estar a serviço da democracia", disse Haddad em entrevista à rádio Globo nesta quinta (18). 

"Tem que chamar o WhatsApp imediatamente, porque todo mundo está dizendo que tem uma encomenda de disparo [de mensagens contra minha candidatura] para a próxima semana", completou, em referência à véspera do segundo turno, marcado para 28 de outubro.

Nesta quinta, a Folha revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp, o que é ilegal já que a lei eleitoral veda a doação privada para campanhas. O petista fez referência à reportagem para dizer que houve "montagem de uma organização criminosa de empresários, via caixa dois" para difamá-lo.

Haddad disse ainda que sua equipe não se surpreendeu ao surgir "nome e sobrenome" de quem está pagando por esse tipo de serviço, pois havia observado a movimentação anômala nas redes sociais na reta final do primeiro turno.

"Nós desconfiávamos disso. Uma mudança de humor tão repentina no eleitorado em dois ou três dias. Sabíamos que milhões de mensagens foram disparadas", disse o petista.

Ele repetiu que se um desses empresários for preso antes do segundo turno, é possível que faça uma delação premiada e, assim, entregue "toda a quadrilha". "Se o Ministério Público pedir a prisão de um deles, ele vai abrir a boca".

Desde a reta final do primeiro turno, a campanha do PT tem se preocupado com o avanço de fake news sobre o candidato nas redes sociais e, principalmente, com o fato de não ter conseguido encontrar um antídoto eficaz para combatê-las. 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu esta semana que o partido errou ao subestimar o WhatsApp durante a campanha.

Haddad provocou mais uma vez seu adversário a comparecer aos debates e disse que Bolsonaro já está de alta médica e, portanto, pode ir aos encontros marcados na Record e na TV Globo.

"Ele está relutando em ir já com alta médica", disse o petista. "[No debate], ele se defende, eu me defendo também, para que as pessoas possam tomar decisão informadas", completou.

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