O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse no início da noite desta sexta (30) que o seu governo deve ter mais três ministérios.
Ele pretende anunciar na próxima semana o novo ministro do Meio Ambiente e contou que “está em conversão [os Ministérios] da Família e dos Direitos Humanos”.
A afirmação foi feita enquanto Bolsonaro comia um cachorro-quente em Resende, no sul do estado do Rio.
Segundo o presidente eleito, “tem uma meia dúzia de nomes que estamos escolhendo” para ocupar a pasta do Meio Ambiente.
“Logicamente que ele será afinado com o Ministério da Agricultura. Vamos acabar com a indústria da multa”, disse Bolsonaro.
“O pessoal do Meio do Ambiente tem que entender que não são os donos do Meio Ambiente no Brasil. Quero preservar o Meio Ambiente. Mas não da forma que eles estão fazendo. A multa no campo que [destina ] 40% do [valor ] para a ONG vai deixar de existir por decreto presidencial. Vai ser diferente. O Meio Ambiente vai ser respeitado e o produtor rural também”, completou.
Sem colete à prova de balas, o presidente eleito deixou o hotel na cidade para comer um cachorro quente em um food-truck de um amigo na cidade. Ele foi até o local com uma comitiva de mais de 20 policiais federais.
Em setembro, ele foi vítima de um atentado em Juiz de Fora no início da campanha.
“Isso aqui é que nem vinho. Já como há 30 anos”, brincou Bolsonaro, que foi cercado por moradores da região, um reduto de militares.
O cachorro quente “com tudo”, como é o nome do sanduíche, leva ovo, linguiça de porco, batata frita, cheddar, queijo ralado, milho. Além do lanche, ele ainda tomou um refrigerante e pagou outras quatro latinhas para os integrantes da sua comitiva. Bolsonaro desembolsou R$ 50 e não pediu troco.
A parada no food-truck foi rápida. Demorou menos de 15 minutos. Mais tarde, Bolsonaro foi jantar com oficiais em um hotel de trânsito do Exército, na cidade.
O presidente eleito vai dormir em Resende para participar neste sábado (1) da formatura da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), onde Bolsonaro estudou.
Um dos filhos do presidente eleito e a ex-mulher Ana Cristina Valle moram na cidade. Na eleição, ela tentou se eleger deputada federal pelo Podemos. Com o nome Cristina Bolsonaro, obteve 4.555 votos e não conseguiu vaga em Brasília.
Em 2011, a ex-mulher afirmou ao Itamaraty que foi ameaçada de morte por ele, o que a levou a deixar o Brasil.
O relato consta de um telegrama reservado arquivado no órgão, ao qual a Folha teve acesso. Na época Bolsonaro e Ana Cristina travavam uma disputa judicial sobre a guarda do filho do casal, então com cerca de 12 anos.
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