Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

'Precisa investigar para tudo se esclarecer', diz Onyx sobre relatório do Coaf

Para futuro ministro da Casa Civil, Bolsonaro 'não teme a verdade' e não se pode fazer juízo de valor antes da conclusão da apuração

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Brasília

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu nesta terça-feira (11) que sejam investigadas as suspeitas de irregularidades na movimentação financeira do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Em evento na capital federal, ele ressaltou que o fato deve ser esclarecido e disse que o presidente eleito Jair Bolsonaro sempre se pautou pela verdade. Segundo ele, a equipe do novo governo tem tranquilidade sobre a honestidade do capitão reformado.


"Isso precisa ter uma investigação para que tudo se esclareça. O presidente eleito é um homem que sempre se pautou pela verdade. Não teme a verdade e a gente tem total tranquilidade sobre essa circunstância. A longa vida pública dele é um atestado maior. Então, precisa investigar para tudo se esclarecer", disse.

O indicado para a Casa Civil também disse que não tratou sobre o tema com o presidente eleito, mas defendeu que é preciso ter paciência e aguardar o resultado da investigação antes de ser feito juízo de valor sobre as suspeitas em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O policial militar foi citado no documento como tendo apresentado uma movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão em 2016. O alerta se deveu tanto ao volume como à forma com que as transações foram feitas. O documento, contudo, não é o suficiente para apontar algum ato ilegal.

O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou uma investigação criminal sigilosa com base no relatório, que cita membros do gabinete de 21 deputados estaduais —entre eles Flávio Bolsonaro. Do total movimentado, R$ 324,8 mil se referem a saques e R$ 216,5 mil a depósitos em espécie —os demais valores são transferências identificadas, entre outras operações.

No evento, o futuro ministro da Casa Civil disse ainda que, nesta quarta-feira (12), se reunirá com mais quatro bancadas partidárias e que, em uma segunda fase, abrirá espaço também para partidos de oposição. Ele disse que errará quem apostar que o novo governo não conseguirá formar uma base aliada forte.

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