Cresce confiança dos brasileiros nas Forças Armadas, diz Datafolha

Congresso e partidos políticos são as instituições menos confiáveis, segundo pesquisa

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São Paulo

Cresceu a confiança dos brasileiros nas instituições, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, e as Forças Armadas são consideradas a mais confiável. De acordo com a pesquisa, 45% dos entrevistados apontaram os militares como muito confiáveis —em junho do ano passado, esse índice era de 37%. Os que não confiam somam 18% e os que confiam um pouco, 35%.

A confiança é maior entre os homens (55% confiam muito, ante 36% das mulheres), entre os moradores da região Sul (50%) e entre os que aprovam a atuação do presidente Jair Bolsonaro (69%). Em outro levantamento do instituto, 60% dos entrevistados consideraram positiva para o país a atuação de militares no governo.

Em segundo lugar vem a Presidência da República, instituição que mais evoluiu no grau de confiança da população. Em junho de 2018, apenas 5% confiavam muito, e 64% não confiavam. Agora, são 29% os que confiam muito e outros 29% que não confiam. Os que confiam um pouco são 41%.

O Datafolha ouviu 2.086 pessoas nos dias 2 e 3 de abril em 130 municípios de todo o Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Mesmo o Congresso Nacional e os partidos políticos, os menos confiáveis entre todos os entes abordados, tiveram leve crescimento. No ano passado, 3% confiavam muito no Congresso e 28% confiavam um pouco, enquanto 67% não confiavam. Neste ano, já são 8% os que confiam muito, 49% os que confiam um pouco e 41% os que não confiam. 

Quanto aos partidos, 5% confiam muito (3 pontos a mais que em 2018), 39% confiam um pouco (alta de 11 pontos) e 68% não confiam (queda de 14 pontos). 

Também cresceu de forma discreta a confiança no Supremo Tribunal Federal (STF). Eram 14% os que confiavam muito, 43% os que confiavam um pouco e 39% os que não confiavam. Agora são 18%, 46% e 32%, respectivamente.

No geral, quanto maior a idade, maior a confiança nas instituições. A maior diferença é em relação à imprensa. Enquanto 14% dos entrevistados entre 16 e 24 anos afirmaram confiar muito, entre os maiores de 60 o índice salta para 32%.

Curiosamente, são os mais velhos (13% dos maiores de 60 anos), e não os mais jovens (7% dos entrevistados de 16 a 24 anos), que consideram as redes sociais muito confiáveis. 

Quanto à escolaridade, vale destacar que são os menos escolarizados os que mais confiam no Judiciário e nas grandes empresas. Vinte e seis por cento dos que fizeram o ensino fundamental confiam muito nos empresários e 30% na Justiça. Entre quem tem ensino superior, os percentuais são de 14% e 20%, respectivamente.

 
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