Com duas fases da Operação Spoofing deflagradas, a Polícia Federal prendeu seis suspeitos da invasão de contas de Telegram de autoridades. Cinco continuam detidos. Quatro prisões aconteceram em 23 de julho e outras duas em 19 de setembro.
A apuração busca esclarecer se há pessoas acima das já identificadas no esquema, continua à procura de eventual pagamento pela divulgação das mensagens da Lava Jato e quer garantir que todo o conteúdo capturado de autoridades tenha sido recuperado.
Saiba quem são os investigados e quais as suspeitas sobre eles.
Walter Delgatti Neto - (preso em 23.jul) - Apontado como o principal suspeito de ter invadido contas de Telegram de autoridades. Disse à PF que atuou sozinho e repassou as mensagens ao jornalista Glenn Greenwald, do site Intercept, de forma anônima, voluntária e sem receber dinheiro. Também é suspeito de ter cometido fraudes bancárias
Thiago Eliezer Martins Santos - (preso em 19.set) - É suspeito de ter ensinado a Delgatti como fazer as invasões. PF aponta que, ao menos, ele sabia dos hackeamentos. Também é suspeito de envolvimento em fraudes eletrônicas anteriores
Luiz Henrique Molição - (preso em 19.set) - Colega de classe de Delgatti num curso de direito em Ribeirão Preto (SP), é suspeito de ter feito boa parte dos contatos com o jornalista Glenn a pedido do hacker. Para a PF, Molição colaborou com parte das invasões ou ao menos sabia bastante sobre elas
Danilo Marques - (preso em 23.jul) - Amigo de Delgatti, é suspeito de emprestar seu nome para o hacker alugar uma casa em Ribeirão Preto (SP), contratar serviços de internet e abrir uma conta bancária. Pode não ter participado do hackeamento, mas soube que Delgatti divulgou as mensagens. É suspeito de fraudes eletrônicas e bancárias
Gustavo Henrique Elias Santos - (preso em 23.jul) - Amigo de Delgatti de Araraquara (SP), cidade natal de ambos, não há informações, por ora, de que tenha participado das invasões de Telegram. É suspeito de fraudes bancárias
Suelen Oliveira - (presa em 23.jul e solta em 2.out) - Mulher de Elias Santos, não teria participado dos hackeamentos. É suspeita de ser parceira do marido em fraudes bancárias
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