Bolsonaro cancela agenda do dia e viagem internacional, mas não informa motivo

Ministros e aliados dizem que presidente quer permanecer no Brasil para missa de sétimo dia de morte da mãe

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu sua agenda pública desta segunda-feira (24) e cancelou uma viagem para a Colômbia prevista para ocorrer ainda nesta semana.

O Palácio do Planalto não informou oficialmente o que motivou as alterações nos compromissos do presidente.

Ministros e aliados dizem que o presidente está de luto pela morte da mãe, Olinda Bolsonaro. Também afirmam que o mandatário quer permanecer no Brasil para participar da missa de sétimo dia do falecimento.

O presidente Jair Bolsonaro durante velório da mãe Olinda Bolsonaro - Carla Carniel - 21.jan.22/Reuters

A agenda pública de Bolsonaro previa reuniões com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães; com subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, Pedro Cesar Sousa; e com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos. No final da tarde, ele participaria ainda de um evento do Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário.

Os compromissos foram retirados da agenda oficial.

De acordo com o governo, a solenidade do Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário
foi transferida para sexta-feira (28).

Em Cartagena (Colômbia), Bolsonaro participaria, na quinta (27), da cúpula do Prosul (Foro para o Progresso da América do Sul), uma aliança de governos de direita na América do Sul lançada em 2019.

O Prosul nasceu como uma alternativa à Unasul (União de Nações Sul-Americanas), bloco que, por sua vez, foi impulsionado pelos presidentes que, em 2008, eram os maiores expoentes da esquerda na América do Sul: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela).

O Prosul perdeu importância nos últimos anos, na medida em que líderes de esquerda venceram eleições em países relevantes da região e se distanciaram do grupo.

Gabriel Boric, novo presidente do Chile, recusou por exemplo um convite do atual mandatário, Sebastián Piñera, de acompanhá-lo a Cartagena e participar das discussões da aliança.

Na tarde desta segunda, autoridades brasileiras comunicaram o governo colombiano que Bolsonaro não mais viajaria a Cartagena.

Olinda Bolsonaro faleceu na sexta-feira (21) aos 94 anos, em Registro, no interior de São Paulo.

Bolsonaro estava em viagem internacional no Suriname. Ele cancelou uma visita no dia seguinte à Guiana para retornar ao Brasil e participar do velório da mãe, que ocorreu em Eldorado (SP).

Também participaram do evento de despedida dois filhos do presidente: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan. A primeira-dama Michelle também acompanhou o presidente.

​Com ausência de Bolsonaro, a delegação brasileira que irá à Colômbia será chefiada pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).

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