Randolfe decide integrar campanha de Lula e desiste de disputar Governo do Amapá

Senador afirma que sonhava governar seu estado, mas que será mais útil atuando ao lado do petista

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Brasília

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou nesta terça-feira (22) que não vai disputar as eleições para governador do estado do Amapá. Ele diz ter aceitado o convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar a coordenação de sua campanha à Presidência da República.

Randolfe não foi assertivo se será o coordenador-geral da campanha do petista ou se apenas integrará o núcleo que vai dirigir as ações eleitorais. O convite havia sido antecipado pelo Painel.

"Há um mês recebi o convite do presidente Lula para auxiliá-lo na coordenação de sua campanha e acompanhá-lo na mais importante tarefa de nosso tempo resgatar o nosso país do horror em que vive, reconstruir não somente a nossa nação destruída pelo ódio, mas sobretudo recuperar as relações de uma sociedade desesperançada", afirmou Randolfe em discurso no plenário do Senado.

O senador Randolfe Rodrigues - Marlene Bergamo - 19.dez.21/Folhapress

Randolfe pediu desculpas aos amapaenses por desistir de sua pré-candidatura ao governo estadual. No entanto, afirmou que será mais útil para o Amapá na campanha de Lula. Justificou que o governo federal criou uma "cultura da morte" e que será preciso reconstruir e resgatar a esperança.

"Acredito que o tempo e o destino me determinaram que serei mais útil a todos amapaenses daqui de Brasília, apoiando a reconstrução e resgatando a esperança. Nós não escolhemos os tempos em que vivemos, a única escolha que fazemos é como reagir a eles", completou.

Randolfe já pertenceu ao PT no início de sua carreira política, mas depois tomou rumos diferentes. Chegou a apoiar a Operação Lava Jato, tão criticada por petistas e que resultou na prisão do próprio Lula. No entanto, recentemente, voltou a se aproximar do PT, em particular da bancada no Senado.

O senador está em seu segundo mandato, tendo sido reeleito em 2018. Mais recentemente, foi vice-presidente da CPI da Covid, que se tornou um dos principais problemas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), apontando falhas no enfrentamento da pandemia e casos de corrupção.

O relatório final da comissão recomendou o indiciamento de Bolsonaro e mais 77 pessoas, entre parlamentares, filhos do presidente, ministros de Estado, entre outros.

O próprio Randolfe tem um passado de confrontos com Jair Bolsonaro, que já chegou a agredi-lo com um soco. Em tom de deboche, o chefe do Executivo o chama de "saltitante".

MINISTRO CANDIDATO

Nesta terça-feira (22), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que desistiu de disputar uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Norte.

Com isso, o candidato apoiado por Bolsonaro no estado deve ser o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

O ministro de das Comunicações, Fábio Faria - Edilson Rodrigues - 8.dez.21/Agência Senado

Faria deve permanecer ministro das Comunicações para, segundo ele, concluir a entrega do 5G nas capitais do país.

O ministro deve atuar ainda na coordenação da campanha pela reeleição de Bolsonaro.

"Hoje venho aqui compartilhar que permanecerei ministro das Comunicações, não serei pré-candidato ao Senado Federal".

No início de fevereiro, Faria já havia sinalizado que poderia abrir mão da vaga para Marinho.

Após o anúncio de Faria, Marinho publicou uma mensagem no Twitter agradecendo seu colega de Esplanada.

"Agradeço ao ministro das Comunicações, meu amigo deputado federal Fábio Faria, pelo desprendimento e generoso gesto. Fábio abriu mão da pré-candidatura ao Senado, pelo nosso Rio Grande do Norte, em prol de um projeto em que juntos vamos levar adiante a mudança necessária na política do estado".

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