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Lula diz que ataque a Cristina na Argentina é alerta para violência política no Brasil

Petista criticou Bolsonaro (PL) e disse que adversário "não está habituado a conviver democraticamente"

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Brenda Serra João Pedro Pitombo
São Luís e Salvador

O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (29) em São Luís (MA) que ataque à vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner serve como alerta frente avanço da violência política no Brasil.

"O bom senso indica que nós devemos ficar alertas com o que pode acontecer no Brasil porque, pelo que vemos na imprensa, todo dia tem uma insinuação. E quem faz insinuação pode cumprir o que está prometendo", afirmou o petista, destacando que telefonou para Cristina Kirchner para prestar solidariedade.

Candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa em Manaus - Michael Dantas / AFP

Na sequência, Lula criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o seu adversário não está habituado a conviver democraticamente.

"Ele não esta habituado a ouvir nenhum segmento da sociedade, ele vai terminar o mandato dele e nunca se reunir com sindicalistas, com indígenas, quilombolas, entidades que representam as mulheres. Ele não se reúne com ninguém a não ser com a turma dele para fazer fake news", disse.

O ataque sofrido por Cristina ocorreu na noite desta quinta-feira (1º). Imagens mostram a ex-presidente sendo saudada por uma multidão de apoiadores ao sair do carro próximo a sua casa, no bairro da Recoleta, quando um homem se aproxima e atira com uma pistola a menos de 1 metro do rosto dela.

O homem, identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, é um brasileiro de 35 anos com antecedentes criminais e será indiciado por tentativa de homicídio qualificado.

Em entrevista no Maranhão, Lula ainda afirmou que a sociedade brasileira aprendeu o quanto é importante a paz, a tolerância e a democracia. E lamentou a escalada da violência política nos últimos anos.

"Eu ouço notícias todos os dias de gente que foi ofendida em restaurante, na rua, de gente que é provocada. Até para fazer comício, tem gente que vai para provocar o comício do outro. Isso não acontecia", afirmou o petista.

Ele afirmou que teve sempre uma convivência civilizada com os adversários e disse que Bolsonaro não sabe governar sem ter ninguém para brigar: "Ele precisa encontrar um inimigo para jogar a culpa das coisas que ele não tem capacidade de fazer."

Lula ainda acusou Jair Bolsonaro de mentir nos debates em relação à corrupção, repetiu que provou sua inocência e disse que o atual presidente "não tem condições andar de cabeça erguida" no país.

Também disse que não vai mudar a sua estratégia em relação ao tema da corrupção e que não faz campanha política ofendendo os adversários. Em seguida, atacou Bolsonaro.

"Um cidadão que, junto com sua família, consegue comprar imóveis gastando R$ 26 milhões de dinheiro? Esse cara vem me chamar de presidiário? Ele sabe que ele é presidente porque eu fui preso. E ele sabe que eu só fui preso por causa da maracutaia do Sérgio Moro."

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