Descrição de chapéu Eleições 2022

2º turno promete disputas acirradas a governador com empate técnico em 4 estados

Bahia, Alagoas e Rondônia apresentam cenário na margem de erro; em Sergipe cada candidato tem 50% das intenções de voto

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Salvador

Quatro dos 12 estados que realizarão o segundo turno neste domingo (30) para governador chegam ao dia da votação com promessa de disputas muito apertadas. Em Rondônia, Bahia e Alagoas, o cenário é de empate técnico, apontam pesquisas do Ipec divulgadas na sexta (28) e neste sábado (29).

Em Sergipe, há um empate numérico, com 50% das intenções de voto para cada candidato.

Em Rondônia, o senador Marcos Rogério (PL) tem 52% contra 48% do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), o que configura um cenário de empate técnico, pois a margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Ambos os candidatos são aliados de Bolsonaro e buscam se ancorar na figura do presidente para conquistar os eleitores neste segundo turno.

Funcionário eleitoral em seção de Brasília que receberá votação do segundo turno da eleição brasileira
Funcionário eleitoral em seção de Brasília que receberá votação do segundo turno da eleição brasileira - Adriano Machado - 29.out.22/Reuters

Marcos Rocha é policial militar e foi eleito em 2018 na onda bolsonarista. Marcos Rogério, por sua vez, ganhou destaque na CPI da Covid, durante a qual liderou a tropa de choque em defesa do presidente.

Em Alagoas, o governador Paulo Dantas (MDB) iniciou a campanha como favorito e ficou perto de vencer no primeiro turno. Na sequência, foi alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de peculato e ficou afastado do cargo de 11 a 24 de outubro. Em meio ao imbróglio judicial, viu o rival, o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), crescer. Ele tem o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).

Na pesquisa do Ipec divulgada na sexta-feira (28), Dantas oscilou negativamente três pontos percentuais em relação ao levantamento de 20 de outubro realizado pelo mesmo instituto, marcando 52%. Cunha também oscilou três pontos no período, mas positivamente, e chegou a 48%. Como a margem de erro da sondagem é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, eles estão em empate técnico.

Na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil) encaram a mesma situação na véspera do segundo turno. Pesquisa do Ipec divulgada neste sábado mostra o petista com 51% das intenções de votos válidos, contra 49% de seu rival. Lá, a margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Sergipe, com uma disputa entre apoiadores de Lula, é o estado com o quadro mais acirrado. Segundo pesquisa Ipec deste sábado, Fábio Mitidieri (PSD) e Rogério Carvalho (PT) têm 50% cada um.

Em um movimento inusitado, o petista recebeu o apoio do bolsonarista Valmir de Francisquinho (PL), antes favorito à disputa ao governo, mas que teve a candidatura impugnada com base na lei da Ficha Limpa. Mitidieri, por sua vez, atraiu o apoio do atual governador do estado, Belivaldo Chagas (PSD).

Outros estados apresentam disputas no limite da margem de erro, cenário em que o empate é improvável, como em Mato Grosso do Sul. Lá, também segundo pesquisa do Ipec divulgada neste sábado, Eduardo Riedel (PSDB) tem 53% das intenções de votos válidos, ante 47% do Capitão Contar (PRTB) –a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, o que torna mais provável a vitória do tucano.

Contar terminou o primeiro turno com 26,71% dos votos, e Riedel, 25,16%, diferença de 22.294 votos.

No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) era considerado favorito para vencer no primeiro turno, mas viu o ex-deputado bolsonarista Carlos Manato (PL) crescer e forçar a volta final.

A pesquisa do Ipec deste sábado traz o atual chefe do Executivo estadual com 53%, contra 47% de Manato, o que torna mais provável a vitória do pessebista, já que estão no limite da margem de erro.

Na Paraíba, a disputa entre o governador João Azevêdo (PSB) e o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), membro de um dos mais tradicionais clãs políticos do estado, filho e neto de governadores, tem o pessebista com 53% das intenções de voto contra 47% do tucano, segundo levantamento do Ipec.

Neste segundo turno, Cunha Lima decidiu ficar neutro em relação à eleição presidencial, mas recebeu apoio da maior parte dos bolsonaristas e também do senador Vital do Rêgo (MDB), candidato a governador que foi apoiado por Lula no primeiro turno e terminou em quarto lugar.

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