Descrição de chapéu Eleições 2022

Entenda o 2º turno das eleições para presidente em 10 gráficos e mapas

Votação nas regiões, estados e municípios mostra forte polarização entre Lula e Bolsonaro

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São Paulo

Nas eleições mais apertadas da história brasileira desde a redemocratização, o raio-x de como cada região e estado do país votou demonstra bem a polarização em torno das figuras de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito com 50,9% dos votos válidos, e Jair Bolsonaro (PL).

O petista foi o preferido dos eleitores em 13 unidades da federação; o atual presidente, em 14. Entre as capitais, Lula levou a maior fatia em 11 cidades; Bolsonaro, em 16. Já quando a comparação é entre regiões, somente o Nordeste deu maioria a Lula.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente, deixa a Escola Estadual Dr. João Firmino Correia de Araújo, no centro de São Bernardo do Campo, após votar no segundo turno das eleições - Bruno Santos - 30.out.22/Folhapress

Como votaram as regiões

Das cinco regiões brasileiras, somente o Nordeste conferiu vitória a Lula (69,3%). Todas as outras, em termos proporcionais, preferiram a reeleição de Bolsonaro.

O Norte teve a menor diferença de votos válidos entre os postulantes ao Palácio do Planalto: apenas 2,06 pontos percentuais —Bolsonaro com 51,03%, e Lula, com 48,97.


Como votaram os estados

Treze estados brasileiros deram maioria dos votos a Lula. Outras 14 unidades da federação concederam a maior fatia a Bolsonaro.

O Piauí registrou a maior distância entre os candidatos: o petista ficou com 76,86% dos votos, enquanto o membro do PL teve 23,14% —diferença de 53,72 pontos percentuais, portanto.

Já Minas Gerais teve a votação mais apertada, com diferença de apenas 0,4 ponto percentual. Lula levou 50,2% dos votos contra 49,8% de Bolsonaro no segundo estado mais populoso do país, atrás apenas de São Paulo.

O mapa é muito similar ao do primeiro turno das eleições, mas coube ao Amapá marcar diferença: o estado que agora deu maioria a Bolsonaro, com 51,36% dos votos válidos, no primeiro turno pendeu para Lula, que teve 45,7%.

Com suas grandes populações, São Paulo e Bahia foram significativos. O território paulista, de 46,6 milhões de habitantes, foi onde Bolsonaro venceu e teve o maior número de votos: 14,2 milhões. Já o território baiano foi onde Lula venceu e abraçou a maior quantidade de votos: 6,4 milhões.


Como votaram municípios e capitais

Lula foi o mais votado em 3.123 municípios, enquanto Bolsonaro foi o escolhido em 2.445. Ao todo, 248 cidades registraram viradas em relação ao primeiro turno, sempre favoráveis a Bolsonaro, que conquistou territórios antes mais favoráveis a Lula.

Guaribas, no Piauí, foi a cidade com a maior vitória proporcional de Lula, que marcou 93,86%. Já o município de Nova Pádua, no Rio Grande do Sul, teve a maior vitória proporcional do atual presidente, com 88,99%.

Bolsonaro se saiu melhor nas capitais, ficando à frente em 16 delas, contra 11 de Lula. Salvador marcou a maior diferença entre os dois (o petista com 70,73% e Bolsonaro com 29,27%), e João Pessoa, a menor (Lula com 50,1% e Bolsonaro com 49,9%).


Como foi a abstenção

Não compareceram para votar no segundo turno 20,58% dos eleitores. Ainda que represente um quinto do eleitorado, a fatia surpreendeu por ser menor que a do primeiro turno (20,95%). É a primeira vez que movimento como esse ocorre em duas décadas no país.

O percentual de votos em branco e nulos somados (4,59%) também foi o menor dos últimos 20 anos. O número caiu à metade em relação à eleição passada, mostrando maior interesse no resultado.

Na comparação entre os estados, a maior taxa de abstenção foi registrada no Acre, com 28,4% do eleitorado ausente. As menores abstenções, por sua vez, ficaram com Paraíba e Distrito Federal, ambos com 16,7% de não comparecimento.


Como foi a votação em São Paulo

Lula foi o mais votado na cidade de São Paulo, com 53,54% dos votos, mas perdeu para Bolsonaro no estado paulista, o mais populoso, onde o atual presidente ficou com 55,24% dos votos válidos.


Como fica o apoio a Lula nos estados

O presidente eleito terá governadores aliados em 11 estados a partir de 2023, incluindo quatro governadores do PT no Nordeste, mas terá de lidar com nomes da oposição em 14 governos estaduais.

Há também dois governadores eleitos que ficaram neutros: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, em Pernambuco, ambos do PSDB.

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