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Lula vota ao lado de Alckmin e diz que bolsonarista mais fanático terá que se adequar à maioria da sociedade

Ex-presidente acenou para eleitores e beijou comprovante de votação

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São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou pouco antes das 9h deste domingo (2) em uma escola em São Bernardo do Campo (São Paulo) e afirmou que "o bolsonarista mais fanático terá que se adequar à maioria da sociedade".

Ao ser questionado pela imprensa como pretende pacificar o bolsonarismo, caso eleito, Lula disse que a maioria da sociedade não quer confronto, mas quer paz e que acredita que "será fácil restabelecer a democracia e a paz nesse país".

"Aqueles que não quiserem, que desrespeitarem a lei, é um problema deles", disse Lula.

Lula beija seu comprovante de votação em escola de São Bernardo do Campo, na Grande SP - Mariana Greif/Reuters

"Vai ter algum fanático que não vai querer nunca se adaptar, como tem em todos os partidos políticos, como tem em todas as tendências ideológicas. Mas a maioria da sociedade brasileira quer paz, tranquilidade, harmonia e quer trabalhar, produzir e viver bem", continuou.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula estava acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), de sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad. O ex-governador Márcio França (PSB), candidato ao Senado, também esteve com Lula.

À imprensa, Lula lembrou que há quatro anos ele não pode votar porque estava preso. O petista disse que "foi vítima de uma mentira" e por isso estava detido na Polícia Federal.

"Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar e não levaram. Quatro anos depois estou aqui votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da República deste país."

Ao ser questionado sobre como pretende lidar com o chamado centrão, Lula disse que conversará com todos os partidos e que ele e Alckmin têm experiência para lidar com o Congresso Nacional.

Lula disse ainda que não quer um "Congresso subserviente", mas um que "aprove leis".

O petista chegou para votar por volta das 8h30. Ele saltou do carro dentro do estacionamento da escola estadual Dr. João Firmino Correia Araújo e acenou para apoiadores que o esperavam à entrada. Lula estava acompanhado de forte esquema de segurança.

Ao entrar na sala de votação, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou aos mesários que era preciso "desinfetar" a urna eletrônica depois que o petista votasse —ele foi retirado por seguranças antes que se aproximasse de Lula.

Ao sair da cabine, Lula beijou o comprovante de votação e posou para fotos.

Do lado de fora da escola ocorreu bate-boca entre uma militante do PT e um opositor.

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