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Onyx nega aperto de mãos a Eduardo Leite após debate no RS

Candidato do PL negou cumprimento a tucano depois de evento cheio de ataques

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Porto Alegre

Ao final de um debate realizado nesta sexta-feira (14) na Rádio Gaúcha com candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL) negou um aperto de mãos a Eduardo Leite (PSDB).

O debate ficou marcado pela troca de farpas entre os dois desde a primeira pergunta, quando Leite questionou Onyx sobre o ataque homofóbico feito em seu programa de rádio.

Onyx Lorenzoni nega aperto de mãos a Eduardo Leite ao final de debate na Rádio Gaúcha com candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul
Onyx Lorenzoni nega aperto de mãos a Eduardo Leite ao final de debate na Rádio Gaúcha com candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul - Mateus Bruxel/Agência RBS

Os ânimos acirrados da campanha de segundo turno no estado já haviam feito com que os dois não se cumprimentassem na chegada do evento.

Após o debate, a apresentadora convidou os dois a se cumprimentarem —Onyx tocou o ombro de Leite, mas deu as costas ao tucano, que ficou com a mão estendida.

Durante o evento, o tucano perguntou ao adversário se a afirmação de Onyx de que os eleitores "entenderão que terão um governador e uma governadora de verdade" se tratava de uma "insinuação homofóbica velada".

Onyx respondeu que Leite estava tentando "se vitimizar" e que havia usado a expressão porque, para ele, "a verdade é um valor absoluto" e que definiu a esposa como "uma mulher de verdade" pelo seu compromisso com o próximo.

Onyx disse ainda que denunciaria o rival ao Ministério Público por atribuir a ele materiais "completamente falsos" em sua campanha.

Leite declarou ser homossexual em julho do ano passado, em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo.

Ao longo de todo o debate, Onyx se referiu a Leite como "o governador que abandonou os gaúchos", em razão de sua renúncia. Leite, por sua vez, classificava Onyx como "candidato fake news" e "pipoqueiro", por ter ocupado cinco ministérios no governo Bolsonaro ao longo de três anos.

A discussão também esquentou quando o tema era vacinação infantil, pois Onyx admitiu não ter se vacinado contra a Covid. Ele se disse um "defensor da liberdade" e favorável a vacinas "cientificamente seguras".

Questionado por Leite se não considerava a vacina contra a Covid cientificamente segura, Onyx disse que se tratava de uma "decisão de cada um" e sugeriu: "Consulte seu médico, eu consultei o meu".

Nesse momento, a mediadora do debate lembrou aos espectadores que a vacina foi certificada por órgãos oficiais do governo, como a Anvisa.

O placar final do primeiro turno no Rio Grande do Sul teve o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) com 37,5% dos votos e Leite com 26,81%.

Na primeira pesquisa Ipec de segundo turno no estado, divulgada nesta sexta (14), o tucano aparece à frente com 50% das intenções de voto totais, contra 43% de Lorenzoni. Brancos ou nulos são 4%, e indecisos, 3%.

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