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Wilson Lima busca reeleição contra ex-governador Eduardo Braga no 2º turno do AM

Bolsonarista, cobrado na campanha pela crise de oxigênio na pandemia, enfrentará senador apoiado por Lula

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Manaus

Candidato à reeleição, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), vai disputar o comando do estado, em segundo turno, com o senador Eduardo Braga (MDB), que é ex-governador e ex-ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff (PT).

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com 99,50% da apuração concluída, Lima conquistou 42,71% dos votos válidos. Braga alcançou 20,96%.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e detentor da máquina do estado, Lima fez uma campanha visivelmente mais presente nas ruas do que seus oponentes, tanto em Manaus quanto no interior.

Os candidatos Wilson Lima (União Brasil) e Eduardo Braga (MDB) - Divulgação

Braga, por sua vez, colou sua campanha na imagem do ex-presidente Lula (PT) e concentrou promessas especialmente no campo da saúde e do desenvolvimento, com repetições sobre programas federais como o Luz Para Todos.

Também participou da disputa Amazonino Mendes (Cidadania), ex-governador do Amazonas por quatro mandatos. Amazonino tem problemas de saúde e isso não deixou de ser explorado, ainda que sutilmente, por seus adversários.

Lima conseguiu chegar ao segundo turno da disputa, e com mais votos que seus oponentes, apesar das sucessivas crises em sua gestão, em especial na pandemia da Covid-19.

O estado registrou crise de escassez de oxigênio em janeiro de 2021. Lima foi apontado pela CPI da Covid como um dos responsáveis pelo colapso, assim como integrantes do governo Bolsonaro. O próprio presidente e integrantes de seu governo colocaram a culpa no governador, que seguiu, mesmo assim, alinhado ao chefe do Executivo federal.

O governador é réu no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em processo que investiga compra de respiradores pelo governo local numa loja de vinhos.

Todos esses episódios relacionados à pandemia foram levados à campanha em primeiro turno. Em sua defesa, Lima argumentou que uma guerra contra um inimigo ainda desconhecido, em referência à agressividade das variantes do coronavírus, que impediria planejamento em tempo hábil para crises como a de escassez de oxigênio.

Em 2018, Lima, um apresentador de programa policial, foi eleito na esteira da onda bolsonarista. Ele derrotou Amazonino, que já tentava um quinto mandato naquele ano. O então candidato estava no PSC e não tinha nem tempo de TV.

Já Braga, ex-governador que tenta mais uma vez retomar o cargo, atuou na CPI da Covid em Brasília e tentou fazer com a crise de oxigênio fosse mais explorada na comissão.

Mesmo assim, a atuação do senador foi apagada e muitas vezes dúbia sobre os alvos que pretendia atingir com sua atuação parlamentar na comissão.

O ex-ministro foi alvo da Lava Jato e diz ter se livrado dos processos relacionados à operação.

Também participaram da corrida pelo comando do estado os candidatos Carol Braz (PDT), Israel Tuyuka (PSOL), Ricardo Nicolau (Solidariedade) e Henrique Oliveira (Podemos).

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