Descrição de chapéu transição de governo

PSB formaliza indicação de Márcio França para Cidades em jantar com Alckmin

Encontro teve presença de ambos e também de deputados eleitos pelo partido

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Brasília

O PSB oficializou o nome do ex-governador Márcio França (SP) como indicação do partido ao Ministério das Cidades no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O acordo foi selado em um jantar na noite desta quarta-feira (30) na sede da fundação da sigla, em Brasília, com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e a bancada da próxima legislatura.

"A bancada indicou, sim. Hoje [é] o ministério que a gente acha que pode colaborar, pelo perfil, já foi prefeito, governador. É uma indicação do partido e da bancada", afirmou o futuro líder da sigla na Câmara, Felipe Carreras (PSB-PE).

"O nome de Márcio é unanimidade na nova bancada, e também dentro do partido", completou.

Márcio França durante comício com Lula, em Taboão da Serra, em São Paulo
Márcio França durante comício com Lula, em Taboão da Serra, em São Paulo - Mathilde Missioneiro - 10.set.22/Folhapress

França foi candidato ao Senado em São Paulo, com apoio da aliança do PT, mas acabou derrotado para o bolsonarista Marcos Pontes (PL).

Antes, ele também era cotado para concorrer ao governo paulista, mas a vaga ficou com Fernando Haddad (PT), que também perdeu nas urnas —nesse caso, para o também bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo presentes no jantar, Alckmin não afirmou se a nomeação de França estava certa ou não para o Ministério, apenas recebeu a indicação do partido e a aplaudiu, junto com todos os outros à mesa.

Além de futuros deputados da sigla e do ex-governador de São Paulo, também estava presente Rodrigo Rollemberg, que chefiou o Executivo do Distrito Federal entre 2015 e 2018. O cardápio teve comida árabe.

Outro nome do partido que era cotado para assumir um ministério era o de Flávio Dino (PSB-MA), especulado no Ministério da Justiça.

"É um grande quadro, que poderá compor um ministério, assim como outros quadros do partido, mas o nome de Márcio hoje é referendado pela bancada dos deputados que irão assumir e pela direção do partido", disse Carreras.

"O nome prioritário, se o partido tiver [apenas] um ministério, é o nome de Márcio", afirmou.

França deve ter a concorrência principalmente de Guilherme Boulos (PSOL-SP), eleito deputado federal.

Tanto França como Boulos foram nomeados para atuar no grupo temático da transição que trata do assunto. Na campanha, Lula afirmou que era necessário recriar o Ministério das Cidades para tratar dos "problemas urbanos" do país.

A pasta foi extinta pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). No início de seu mandato, ele fundiu Cidades e Integração Nacional no Ministério do Desenvolvimento Regional.

A definição do petista por Boulos ou França deve ter reflexo na eleição municipal de São Paulo, uma vez que PSOL e PSB têm pré-candidatos ao cargo.

A futura pasta das Cidades é desejada por ter um orçamento bilionário e por ser responsável por obras de moradia, saneamento e transporte.

Boulos acredita que a pasta lhe daria uma vitrine importante para disputar a prefeitura da maior cidade do país em 2024 —e que a nomeação seria positiva porque é um ministério que trata de moradia, área em que sempre militou.

Carreras ainda afirmou que acredita que o apoio à reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pode viabilizar a aprovação da PEC da Transição no Congresso.

"[Ele] tem sim o compromisso de ajudar no processo da PEC", disse Carreras.

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