Descrição de chapéu ataque à democracia

Golpistas voltam para o quartel-general do Exército e se reinstalam após vandalismo em Brasília

Polícia do Exército pede que bolsonaristas desmontem barracas, mas eles não seguem orientação e permanecem no local

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Brasília

Bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes neste domingo (8) voltaram ao quartel-general do Exército no início da noite.

A segurança no local foi reforçada pela Polícia do Exército. Logo na entrada, soldados pedem para que os golpistas desmontem as barracas.

Os bolsonaristas, no entanto, se negam a retirar as estruturas e não são forçados a deixar o espaço.

Uma cozinha montada no local serve sopa para os bolsonaristas. A Folha flagrou pessoas chegando com engradados de água e de leite ao acampamento.

Um grupo de pessoas com as cores do Brasil caminha pela região do Setor Militar Urbano, em Brasília, onde fica o quartel-general do Exército.
Bolsonaristas que invadiram as sedes dos Três Poderes retornam ao quartel-general do Exército em Brasília. - Cézar Feitoza/ Folhapress

O Exército passou a proibir no fim de semana a entrada de carros na região do Setor Militar Urbano, onde fica o QG. Apesar disso, a quantidade de barracas aumentou de sexta-feira (6) para domingo com a chegada de caravanas de bolsonaristas radicais.

A maior parte dos bolsonaristas voltou da Esplanada dos Ministérios ao quartel-general do Exército a pé. O fluxo de pessoas aumentou por volta das 19h30, cerca de uma hora após as forças policiais retirarem os golpistas das proximidades da Praça dos Três Poderes.

Durante a tarde de domingo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, se reuniu com o comandante do Exército, Júlio César de Arruda, e outros generais no Comando Militar do Planalto.

No encontro, Múcio e os generais avaliaram que os bolsonaristas não devem mais ficar em frente ao QG do Exército.

Segundo relatos feitos à Folha, a cúpula do Exército e do Ministério da Defesa ainda querem evitar o confronto com os golpistas, que pedem intervenção militar contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para encerrar o acampamento, portanto, os militares decidiram endurecer a estratégia de estrangular a logística dos bolsonaristas que pernoitam na frente do quartel-general.

A tática tem sido criticada por membros do governo Lula, que defendem uma ação mais incisiva do Exército para a retirada dos bolsonaristas.

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