A caixa com joias de luxo apreendidas pela Receita Federal e que supostamente tinha como destinatária a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro guardam um colar de ouro branco com pingentes, cravejados de diamantes, além de brincos, anel e um relógio da marca suíça Chopard.
Detalhes das joias foram mostrados pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, que teve acesso ao depósito no aeroporto de Guarulhos (SP), onde permanecem os objetos avaliados em cerca de R$ 16,5 milhões e que o governo Bolsonaro tentou trazer de forma ilegal.
Os artigos de luxo foram apreendidos em outubro de 2021. Na ocasião, um militar que assessorava o então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou desembarcar no Brasil, após viagem à Arábia Saudita, com o estojo em sua mochila. Como os bens não haviam sido declarados, eles foram retidos pela Receita Federal.
Um segundo pacote, não interceptado pelos auditores fiscais, foi entregue à Presidência em novembro passado para compor o arquivo pessoal de Jair Bolsonaro (PL). Contém relógio, caneta, abotoaduras, um tipo de rosário e anel também da marca Chopard.
O acervo pessoal do ex-presidente acumulado em sua passagem pelo Planalto vai muito além do pacote enviado pela Arábia Saudita, mostrou reportagem da Folha. A lista inclui 44 relógios, 74 facas, 54 colares, 112 gravatas, 618 bonés, 448 camisas de futebol e 245 máscaras de proteção facial, além de munição e colete à prova de balas.
Nesta quinta-feira (9), o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes proibiu que Bolsonaro use ou venda os artigos de luxo enviados a ele como presentes pelo governo da Arábia Saudita e entregues pela comitiva chefiada por Bento Albuquerque.
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