Cármen Lúcia rebate Kassio no TSE em ação sobre cota: 'Não queremos ser coitadas'

Corte eleitoral se reuniu para analisar caso de fraude à cota de gênero no Ceará

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Isabella Cavalcante
São Paulo | UOL

A ministra Cármen Lúcia rebateu comentários do colega Kassio Nunes Marques durante discussão sobre um caso de fraude eleitoral no Ceará em sessão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nesta quinta-feira (27), a corte eleitoral concluiu, por 4 votos a 3, que houve fraude à cota de gênero pelo Cidadania na eleição de 2020 nas candidaturas para vereador em Itaiçaba (CE).

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A ministra Cármen Lúcia - Credito Nelson Jr-7.abr.22/STF

Durante a sessão, Kassio disse ser necessário "ter empatia" e que a candidata em questão foi "abandonada" pelo partido. Cármen discordou da fala e reforçou o desejo das mulheres por respeito.

"Entendo quando Vossa Excelência afirma, de forma que soa quase paternal, que é preciso ter empatia [...] Quando se fala que o partido abandonou, como outrora se dizia que o marido abandonou, coitada. Não queremos ser coitadas, queremos ser cidadãs iguais."

A ministra disse ainda ser preciso reconhecer a candidata "como pessoa dotada de autonomia".

"O que a gente quer, nós, mulheres, não é empatia, mas respeito aos nossos direitos. Tem que reconhecê-la como pessoa dotada de autonomia, sem precisar ser amparada ou cotejada. Isso é o que nós, mulheres, não queremos", disse Cármen.

Erramos: o texto foi alterado

A ministra Cármen Lúcia disse ser preciso reconhecer candidatas "sem precisar ser cotejada", não "sem precisar ser gotejada", como afirmava versão anterior deste texto.

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