Na decisão sobre a operação da Polícia Federal desta quarta-feira (3), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a busca e apreensão do passaporte, de armas e munições que estivessem na posse do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros investigados.
Após a divulgação da decisão, entretanto, a assessoria de imprensa do STF informou que a medida não será cumprida, segundo informações enviadas pelo gabinete do ministro. Isto porque, segundo o órgão, a PF apreende o que achar ser conveniente para a investigação —e este não teria sido o caso.
Moraes também autorizou a busca de computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados que pudessem ajudar nas investigações da Polícia Federal no esquema de fraude em cartões de vacinação da Covid-19.
O mesmo foi autorizado para assessores de Bolsonaro, os seus três principais auxiliares, o tenente-coronel Mauro Cid, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro.
A decisão poderia atrapalhar os planos de Bolsonaro, que foi convidado para participar de um evento da direita em Portugal nos próximos dias 13 e 14.
Segundo o deputado português André Ventura, presidente do partido de ultradireita Chega, Bolsonaro, que permaneceu nos EUA nos três primeiros meses deste ano, já confirmou sua presença, assim como o vice-primeiro ministro italiano, Matteo Salvini.
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