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Espero que não tenhamos nunca mais eleições tão polarizadas, diz Moraes

Presidente do TSE participa em BH de encontro sobre segurança nas urnas

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Belo Horizonte

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (2) esperar que o Brasil nunca mais tenha eleições tão polarizadas como as que ocorreram em 2022.

O ministro participou em Belo Horizonte de encontro de representantes dos tribunais regionais eleitorais do país sobre segurança nas eleições, realizado no Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais.

"Sou extremamente otimista, até porque corintiano que não é otimista não é corintiano. Espero que não tenhamos nunca mais eleições tão polarizadas. Discurso de ódio tão violento. Adversário político não é inimigo que precisa ser abatido. Adversário político precisa ser vencido", disse Moraes.

O ministro Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes - Douglas Magno/AFP

Ao falar sobre fake news, o ministro afirmou ainda que a Justiça Eleitoral teve que abandonar posição minimalista para atuar de forma mais intensa na organização do pleito do ano passado.

"A Justiça Eleitoral precisou sair de uma posição minimalista, tradicionalmente minimalista, para atuar no combate dessas verdadeiras milícias digitais", apontou.

Moraes afirmou que essas milícias digitais propagavam e continuam propagando o ódio e o fim da democracia, mas que agora não há mais uma "terra sem lei". "Queriam direcionar o eleitor. Queriam que o eleitor não comparecesse às urnas."

O ministro citou o comportamento de parte do empresariado brasileiro nas eleições passadas. "Ocorreu assédio eleitoral. É inimaginável no século 21 empresários, eu diria, perderam totalmente a noção, respeito, medo, depois ganharam medo de novo, né? ", discursou.

"Perderam o medo, filmando, ameaçando seus trabalhadores. Se não votassem em tais candidatos, se naquela seção eleitoral não tivesse tantos votos, iriam mandar embora", lembrou.

Moraes também falou da decisão sobre porte de armas. "Tivemos que atuar para proibir que entrassem armados [nas seções]. Para mim é tão óbvio. Deveria nem precisar que proibisse. Para que uma pessoa vai votar armada? Boa coisa não vai fazer."

Durante toda a palestra, o ministro citou a importância da integração da Justiça Eleitoral com as forças de segurança para garantia da realização do pleito.

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