Descrição de chapéu Folhajus

Bolsonaro entrega extratos bancários ao STF, após determinação de quebra de sigilo

Segundo aliados, Michelle Bolsonaro também deve enviar movimentações financeiras à corte

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Brasília

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal), no final da tarde de quinta-feira (24), os extratos bancários do período em que foi presidente, uma semana após a quebra de seu sigilo bancário ser autorizada pela corte na investigação sobre o recebimento e venda de joias.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, também determinou o levantamento dos dados financeiros da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que agora é representada pelos mesmos defensores do marido.

A expectativa de aliados é que ela, da mesma forma, entregue sua documentação ao Supremo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro ao deixar a Polícia Federal após depor sobre os ataques de 8 de janeiro, em Brasília - Adriano Machado - 12.jul.23/Reuters

"Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão", diz o documento.

A petição pede ainda a imposição de sigilo nos documentos. "Não obstante, informa que está à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária."

Assinam a solicitação os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tessler. A informação de que eles entregariam os extratos foi antecipada pela coluna da Mônica Bergamo.

O envio dos documentos ocorre após Moraes autorizar, no último dia 17, a quebra de sigilo bancário do casal no âmbito da Operação Lucas 12:2, que investiga suposto esquema de venda de presentes recebidos pela Presidência no exterior. A medida foi solicitada após uma operação da PF no último dia 11.

A corporação aponta que os recursos gerados com as venda dos bens eram repassados a Bolsonaro em dinheiro vivo —o que dificulta o rastreamento dos valores e, portanto, a identificação da movimentação em extratos bancários. Bolsonaro nega as acusações.

"Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores", diz a manifestação da PF ao STF.

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