Em 3 vídeos, as revelações do hacker sobre Bolsonaro na CPI do 8/1

Walter Delgatti liga ex-presidente a grampo em Moraes e plano para forjar ataque a urnas

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São Paulo e Brasília

O programador Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato, disse nesta quinta-feira (17) à CPI do 8 de janeiro que a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022, menos de 1 mês antes da eleição.

O hacker disse ainda que, em outra data, Bolsonaro teria pedido para ele assumir a autoria de um grampo de conversas de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Delgatti afirma que aceitou o pedido, feito pelo ex-presidente em telefonema mediado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), mas que nunca teve acesso a esse suposto grampo do ministro.

O hacker Walter Delgatti depõe à CPI do 8 de janeiro
O hacker Walter Delgatti depõe à CPI do 8 de janeiro - Gabriela Biló /Folhapress

1) Indulto presidencial

O hacker afirmou à CPI que Bolsonaro chegou a prometer a ele um perdão presidencial de condenações aplicadas pela Justiça a Delgatti.

2) Plano para forjar ataque a urna

Na CPI, sobre esse alegado plano sobre urnas eletrônicas, o hacker afirmou que usaria um "código-fonte fake", feito por ele mesmo, para mostrar que uma urna poderia registrar um voto diferente daquele que o eleitor queria.

Delgatti, que ganhou projeção por ter invadido contas de Telegram de procuradores da Lava Jato em 2019, disse que levou o plano a Bolsonaro durante reunião no Palácio da Alvorada, em 10 de agosto do ano passado, portanto já no período da campanha eleitoral.

O ex-presidente então teria pedido para o hacker que conversasse com técnicos do Ministério da Defesa sobre o sistema eleitoral. "Ele [Bolsonaro] também pediu que eu fizesse o que eu havia dito sobre o 7 de Setembro", disse o programador à CPI.

3) Grampo de Moraes

Sobre o alegado grampo relacionado a Moraes, o hacker disse: "Ele [Bolsonaro] disse que o grampo fora realizado por agentes de outro país. Não sei se é verdade, não tive acesso a ele".

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