Parem com esse negócio de prisão, diz Carlos sobre Jair Bolsonaro

Vereador faz desabafo em suas redes sociais sobre aliados que alimentam a expectativa de prisão do ex-presidente

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São Paulo

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez um desabafo neste sábado (19) em suas redes sociais sobre aliados de Jair Bolsonaro (PL) que alimentam a expectativa de prisão do ex-presidente da República.

"Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo", afirmou o filho do ex-presidente da República.

Carlos Bolsonaro e o então presidente Jair Bolsonaro em debate em 2022
Carlos Bolsonaro e o então presidente Jair Bolsonaro em debate em 2022 - Nelson Almeida/AFP

"Se quer ajudar desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer."

"Óbvio que qualquer um sabe que já vivemos numa Venezuela, entretanto não é desse jeito que se luta. Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!", completou o vereador em suas redes sociais.

Reportagem da Folha neste sábado (19) mostra que os recentes desdobramentos na investigação sobre o suposto desvio de joias e presentes recebidos por Bolsonaro enquanto era presidente não justificariam neste momento uma eventual prisão preventiva do ex-mandatário.

O mesmo se aplica ao suposto plano contra as urnas relatado à CPI do 8 de janeiro pelo programador Walter Delgatti Neto. A avaliação é de professores e advogados criminalistas consultados pela Folha.

Entre os elementos que precisariam estar presentes para uma eventual decretação de prisão preventiva, além dos indícios de ocorrência de crime, está a existência de risco com a liberdade do investigado, como de coação de testemunhas ou destruição de provas.

No dia 11 de agosto, a Polícia Federal fez buscas contra pessoas próximas a Bolsonaro e apontou o ex-presidente como suspeito de um esquema para vender os bens no exterior e receber os valores em dinheiro vivo.

A PF pediu, inclusive, a quebra de seus sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro, bem como os da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o que foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na quinta-feira (17).

Também na quinta, o novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse que Cid decidira confessar a participação na venda das joias e declarar que havia agido por ordem de Bolsonaro. O defensor do militar, no entanto, já mudou a versão sobre o assunto diversas vezes em entrevistas.

A defesa do ex-presidente afirma que ele "jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos".

Outro acontecimento que aumentou a pressão sobre Bolsonaro foi o depoimento do programador Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato, à CPI do 8 de janeiro. Entre outras afirmações, ele disse que a campanha do ex-presidente planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022.

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