Doria diz que Lula 'pode ser o grande agente pacificador do Brasil'

Ex-governador de SP afirmou ter ultrapassado limites em críticas a Lula e elogiou Haddad na Fazenda

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São Paulo | UOL

O ex-governador de São Paulo João Doria disse acreditar que o presidente Lula (PT), a quem já fez críticas no passado, pode ser o "grande agente pacificador do país".

O ex-governador de São Paulo João Doria (ex-PSDB), em almoço organizado pelo Lide em São Paulo
O ex-governador de São Paulo João Doria (ex-PSDB), em almoço organizado pelo Lide em São Paulo - Zanone Fraissat - 28.ago.23/Folhapress

Doria disse em entrevista ao site Brazil Journal divulgada na terça-feira (3) que, em alguns momentos, ultrapassou limite do bom senso em críticas ao petista. "Em vários momentos, fui além da linha razoável de manifestação, e já pedi desculpas publicamente por isso", falou.

"Essa divisão e confronto, há uma pessoa no Brasil que pode reduzir sensivelmente essa visão de confronto e postura divisória, que é o presidente Lula. Com o mandato que ele tem para cumprir, de mais três anos e dois meses de governo, ele pode ser o grande agente pacificador do Brasil", disse o ex-governador.

Para ele, o presidente tem "toda a possibilidade" de se tornar essa figura. "Ele tem o tempo, experiência, cabelos brancos para isso", declarou, elogiando a reunião que Lula teve com o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto. "Quanto mais ele dizer isso, olhar para frente, deixando o juízo do passado a quem tem que fazer o juízo, ele será uma pessoa maior", avaliou.

Doria também elogiou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com quem já competiu nas urnas pela Prefeitura de São Paulo. "Ele fez iniciativas muito positivas à frente da prefeitura. Talvez não de forma completa, plena, senão teria vencido a eleição, mas eu não enfrentei um mau prefeito", disse.

Desde que deixou a política, Doria já pediu desculpas algumas vezes pelas declarações que fez no passado. Após o PSDB declarar sua candidatura à Presidência em 2022 inviável, o ex-governador decidiu se afastar de cargos políticos e se desfiliou do partido, ao qual era associado havia 22 anos.

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