Datafolha: Nunes e Boulos bateriam Marçal em 2º turno; prefeito também venceria psolista

É a primeira vez que instituto testa cenário com candidato do PRTB; os três estão empatados em primeiro

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São Paulo

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) venceriam Pablo Marçal (PRTB) em um eventual segundo turno, segundo simulação feita em pesquisa do Datafolha. O candidato à reeleição também superaria o deputado federal caso os dois tivessem um enfrentamento direto.

Num embate entre Nunes e Marçal, o primeiro venceria por 53% a 31%. Se a disputa fosse entre Boulos e Marçal, o resultado ficaria em 45% a 39%, com os números apontando empate no limite máximo da margem de erro. Já no cenário Nunes contra Boulos, os percentuais seriam de 49% a 37%.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo testados no segundo turno, Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB)
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo testados no segundo turno, Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) - Pedro Ladeira/Folhapress e Bruno Santos/Folhapress

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (5) ouviu 1.204 pessoas na capital paulista e tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE sob o número SP-03608/2024 e foi contratado pela Folha e pela TV Globo.

No primeiro turno, a pesquisa mostra o primeiro pelotão com Boulos (23%), Nunes (22%) e Marçal (22%), em condição de empate técnico. Mais atrás aparecem Tabata Amaral (PSB), com 9%, e José Luiz Datena (PSDB), com 7%.

É a primeira vez que o instituto testa o segundo turno com Marçal, já que o influenciador chegou ao topo na rodada anterior, há duas semanas, provocando um empate técnico com Nunes e o deputado do PSOL.

Como mostrou a Folha, Marçal tem atraído os bolsonaristas e prejudicado a candidatura de Nunes, que tem o apoio declarado de Jair Bolsonaro (PL), embora o ex-presidente não esteja se dedicando à campanha do prefeito. Pelo contrário, Bolsonaro e os filhos têm acenado para Marçal.

Agora, Nunes conta apenas com Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabo eleitoral, embora o governador tenha sido aconselhado por Bolsonaro a não se associar demais ao prefeito para evitar dividir com ele uma derrota nas urnas.

Migração de votos

Se Marçal enfrentar Nunes, a pesquisa mostra que os eleitores de Boulos migram preferencialmente para o prefeito (62%), mais do que para o influenciador (9%).

A divisão entre eleitores de Tabata é de 64% para Nunes e 14% para Marçal, e entre eleitores de Datena é de 56% e 27%, respectivamente.

Num hipotético segundo turno entre Nunes e Boulos, 71% dos eleitores de Marçal no primeiro turno iriam para o emedebista, ao passo que 11% escolheriam o psolista. Dos apoiadores de Tabata, 48% iriam para Boulos, e 36% para Nunes. No caso de Datena, 46% ficariam com Nunes e 35% com Boulos.

No cenário de segundo turno entre o influenciador e o deputado do PSOL, 40% dos eleitores de Nunes optariam por Marçal, enquanto 39% iriam para Boulos.

Quem vota em Tabata escolheria mais Boulos (63%) do que Marçal (19%). Já os eleitores de Datena se dividiriam em 44% para Boulos e 32% para Marçal.

A vitória de Nunes sobre Boulos num eventual segundo turno foi registrada também em pesquisas anteriores. A vantagem era de 47% a 38% na última rodada, divulgada em 22 de agosto.

Nesse caso, os eleitores de Marçal escolhem Nunes (71%) em sua maioria, mas 11% votariam no candidato do PSOL.

Os eleitores de Tabata se dividem entre Boulos (48%) e Nunes (36%), enquanto os de Datena preferem o atual prefeito (46%) ao deputado do PSOL (35%).

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