Após agredir fisicamente o candidato Pablo Marçal (PRTB), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) cancelou os compromissos de agenda de campanha nesta segunda-feira (16).
Datena faria uma caminhada pela região de Santana, na zona norte de São Paulo, com previsão de início às 12h, na avenida Cruzeiro do Sul. Minutos antes, porém, a assessoria do tucano disse que, "em razão da chuva, a agenda de hoje foi cancelada".
O candidato já havia desistido de comparecer a uma sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo, também nesta segunda.
A campanha afirma que os compromissos desta terça-feira (17) estão confirmados. Está previsto um debate entre os candidatos à prefeitura às 10h20, na emissora da RedeTV!, em Osasco.
Pouco antes de cancelar os eventos desta segunda, a equipe de Datena enviou uma nota descartando a possibilidade de o tucano desistir da corrida eleitoral.
Junto com a nota, a assessoria de imprensa do candidato divulgou a imagem de uma conversa de WhatsApp, anterior ao debate deste domingo, em que Marçal pedia desculpas pelos ataques feito ao apresentador durante a campanha. "Oi, Datena. Me perdoe pelas palavras pesadas contra você [...]", disse Pablo Marçal, segundo a reprodução.
Datena partiu para cima de Marçal com uma cadeira após uma sequência de discussão. O candidato do PRTB trouxe à tona uma denúncia de assédio sexual cometida por Datena em 2019.
Marçal chamou o comunicador de Jack, uma gíria usada em presídios para identificar acusados de estupro. O tucano disse que o Ministério Público arquivou a denúncia e que o fato teria custado a vida de sua sogra.
"Quando não tem conhecimento do que fala, você acusa, e eu não. Você foi condenado como bandidinho, ladrão de dados da internet. Isso [denúncia de assédio] me custou muito para minha família. O que você fez comigo hoje, foi terrível, e espero que Deus lhe perdoe", disse Datena, pouco antes de atingir Marçal com a cadeira.
Datena foi denunciado em 2019 pela jornalista Bruna Drews, então repórter do programa Brasil Urgente. Segundo ela, o apresentador fazia comentários sobre seu corpo, em tom sexual.
O Ministério Público, porém, arquivou o caso em razão da prescrição -na época, a denúncia deveria ter sido feita dentro de seis meses.
Após a repercussão do caso, Bruna se retratou e protocolou uma declaração em cartório em que afirma ter mentido. Dias depois, afirmou nas redes ter sido induzida a se retratar.
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