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15/08/2010 - 17h49

Marina defende asilo a iraniana e critica política externa brasileira

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KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

Diante de uma plateia estimada em 7.000 pessoas, a maior parte mulheres, que participavam hoje (15) pela manhã de um congresso em uma igreja evangélica, em Manaus (AM), a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, condenou o preconceito e a discriminação contra o sexo feminino. Em outro momento, a presidenciável defendeu abrigo e asilo para a iraniana condenada à morte no Irã, mas criticou a política internacional do Brasil com o país.

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Durante o evento, Marina autografou seu livro biográfico e posou para fotos. Pregou por 40 minutos, utilizando a Bíblia para falar de discriminação e preconceitos. "Deus não discrimina ninguém. Durante muitos anos, milhares de anos, éramos consideradas incapazes. Não existe fundamento para nenhum preconceito ou discriminação. Nem do ponto de vista político, nem filosófico e nem teológico. Todos nós somos iguais. E as mulheres precisam ter os seus direitos respeitados, precisam contar com igualdade de oportunidade", afirmou.

Em relação à iraniana Sakineh Ashtiani, presa desde 2006 e condenada à morte por apedrejamento, pelo crime de adultério, Marina defendeu a postura do governo brasileiro de oferecer asilo político a ela. "É uma posição correta. A gente deve, sem fazer nenhum tipo de ingerência, respeitando as relações bilaterais, afirmar sempre os valores da defesa da vida e dos direitos humanos. Isso é uma luta de toda a humanidade".

A candidata do PV, porém, fez críticas à postura que chamou de "ambígua", adotada pelo governo, em relação à defesa dos direitos humanos. "O Brasil avançou em vários aspectos dentro do G-20, com o protagonismo da defesa dos nossos direitos e interesses comerciais e econômicos. Na relação com os países da África, ampliando o nosso apoio e solidariedade. Mas na questão dos direitos humanos, passamos uma mensagem ambígua, quando não se teve uma postura correta de solidariedade com os presos políticos de Cuba, e quando se deu audiência para o [presidente do Irã, Mahmoud] Ahmadinejad, que não respeita os direitos humanos. É fundamental que o Brasil, que tem tradição de defesa da democracia e direitos humanos, afirme esses valores em todos os espaços da sua política externa", afirmou.

QUEIMADAS

Antes do encontro com as mulheres evangélicas, Marina visitou uma feira de artesanato, no centro de Manaus. Mesmo com o sol forte, a candidata observou que a cidade amanheceu encoberta por fumaça de queimadas.

"É fundamental que a gente pense nas políticas de desenvolvimento sustentável. O combate às queimadas e o desmatamento se resolvem quando se coloca o desenvolvimento numa outra direção. Do cuidado com a floresta, do cuidado com a biodiversidade, criando novas alternativas de geração de emprego e renda para que as pessoas não tenham que ir para as práticas insustentáveis. E também com a educação ambiental. Uma boa parte das queimadas é por falta de informação, de assistência técnica para que os produtores tenham outras alternativas", disse.

 

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