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Justiça retoma hoje julgamento do caso Marcos Veron
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DE SÃO PAULO
A Justiça Federal de São Paulo retoma nesta segunda-feira o julgamento do assassinato do cacique guarani-kaiowá Marcos Veron, ocorrido em 2003, em Mato Grosso do Sul.
O júri popular foi suspenso em maio de 2010, depois que o procurador da República Vladimir Aras abandonou a sessão. O Ministério Público Federal pretendia que as testemunhas e outras vítimas, indígenas, depusessem em sua própria língua, o guarani.
Na ocasião do crime, quatro homens armados ameaçaram, espancaram e atiraram nos líderes indígenas, incluindo o cacique Veron, que na época tinha 72 anos. Ele foi levado para o hospital com traumatismo craniano, mas não resistiu aos ferimentos.
Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde respondem por tentativa de homicídio qualificado, por seis vezes, e Carlos Roberto dos Santos, por homicídio consumado (motivo torpe e meio cruel). Eles respondem também por crime de tortura, sequestro e formação de quadrilha. Foragido, o acusado Nivaldo Alves Oliveira teve seu processo desmembrado e suspenso.
O caso foi transferido de Mato Grosso do Sul para São Paulo a pedido do Ministério Público para garantir a isenção dos jurados.
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