A inovação ocupará cada vez mais o centro das discussões mundiais, e de forma diferente do que era feito há algumas décadas, segundo o economista e cientista político Marcos Troyjo.

“Estamos entrando em uma fase na qual o talento será o divisor de águas.” Troyjo explica que sua concepção de talento não significa a habilidade individual de aperfeiçoar vocações, mas sim, no âmbito empresarial, a capacidade de inovar para além dos setores nos quais já se produz.

Diretor do BRICLab da Universidade Columbia e colunista da Folha, Troyjo realizou a abertura do 2º seminário Inovação no Brasil, realizado pela Folha em parceria com a Embratel, com apoio da Braskem e do grupo Energisa, nesta segunda-feira (13), no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.

Troyjo defende a ideia de que os inovadores de nosso tempo serão os profissionais metacompetentes. “São aqueles engenheiros que conseguem ler contrato, aqueles advogados que conseguem fazer contas. São os poetas que entendem de métodos quantitativos, são os filósofos que gostam das ciências exatas.”

No Brasil, o especialista destaca três importantes características: a criatividade, o espírito empreendedor e a produção científica. No entanto, identifica a dificuldade em dispor recursos para a população empreender como um grande entrave.

“Reformas estruturais são pré-condição importantíssima para que, no âmbito da inovação, o Brasil possa potencializar completamente muitas das características que tem de forma positiva”, conclui Troyjo.