Ex-funcionário denuncia Tesla por espionagem

Segundo Karl Hansen, Tesla não investigou denúncia que relacionava funcionário a um cartel mexicano

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Elon Musk, presidente da Tesla e da SpaceX, sorri
Elon Musk, presidente da Tesla e da SpaceX - Jack Plunkett/Associated Press
São Paulo

Um ex-funcionário da Tesla denunciou a companhia por um de seus funcionários supostamente participar de uma rede de drogas, pelo roubo de US$ 37 milhões em materiais para a produção de baterias e por espionagem.

A denúncia foi divulgada pelo Jalopnik e repercutida em outros sites de tecnologia, como o TechCrunch, que teve acesso ao documento.

A notícia vem em má hora para o executivo da empresa. A Tesla encara uma investigação do governo e processos de investidores.

Em polêmico tuíte no último dia 7,  Musk afirmou que planejava tirar a fabricante de veículos elétricos da bolsa de valores

Informações sobre planos de uma empresa de capital aberto costumam ser comunicadas de maneira detalhada em canais oficiais, não no Twitter. Em entrevista ao The New York Times, Musk revelou na quinta-feira (16) que a sequência de episódios tem afetado sua saúde.

A denúncia da vez é de Karl Hansen, ex-membro do departamento de segurança interna e da divisão de investigações da Tesla. 

De acordo com o ex-funcionário, a Tesla supostamente contratou ex-funcionários da Uber acusados ​​de espionar concorrentes, incluindo a Waymo. Também teria hackeado celulares de empregados.

Hansen também diz que a Tesla falhou em não realizar uma investigação interna após ele apresentar uma denúncia a Securities and Exchange Commission no início deste mês. Os advogados de Hansen divulgaram as acusações nesta quinta-feira.

Segundo ele, a entidade afirmou que um funcionário usava materiais de produção de baterias em um “círculo de tráfico de narcóticos envolvendo a venda de quantidades significativas de cocaína e possivelmente metanfetamina de cristal na Gigafactory [fábrica da Tesla em Nevada] em nome de um cartel de drogas mexicano".

De acordo com uma declaração da assessoria jurídica de Hansen que o TechCrunch teve acesso, o denunciante diz que "corroborou conexões entre o funcionário nomeado e supostos membros do cartel de drogas mexicano", mas a Tesla" se recusou a investigar o assunto". 

A Tesla ainda não se pronunciou oficialmente, mas o site Gizmodo diz ter recebido uma mensagem de Musk no Twitter em que ele contra-ataca Hansen e descarta suas alegações.

"Ele está dizendo simultaneamente que a nossa segurança é uma droga (não é boa, mas tenho certeza de que não somos um ramo do cartel de Sinaloa como ele afirma) e que temos uma espantosa capacidade de espionagem", respondeu, de acordo com o Gizmodo. 

Com agências de notícias

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