Brasil terá mil novos serviços 100% digitais em dois anos, diz secretário

Para Luis Felipe Salin Monteiro, país está atrasado em digitalização e precisa acelerar

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São Paulo

De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do governo federal, Luis Felipe Salin Monteiro, o Brasil deverá ter, nos próximos 24 meses, mil novos serviços 100% digitais, ou seja, em que a presença física do cidadão numa agência do governo não é necessária.

A afirmação foi feita durante o evento da área de tecnologia, na manhã desta terça-feira (12), em São Paulo.

O país presta, segundo o secretário, cerca de 3 mil serviços diferentes aos cidadãos. Aproximadamente 30% deles são digitalizados, segundo o secretário --ou seja, na casa de 2 mil são realizados presencialmente.

Em serviços se incluem, por exemplo, emissões de CNH e recebimento de benefícios do INSS.

CNH Digital
Adriana Toffetti/A7 Press

Algo que deve ser 100% digitalizado, segundo o secretário, é a abertura de novas empresas. “[O processo] não deve levar mais de 2h”, disse Monteiro.

Entre as novidades deve estar também a criação de uma identidade digital. Ela se aproveitará dos dados de biometria coletados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para poder verificar que um cidadão físico é mesmo quem ele diz ser no mundo virtual.

No evento, ele disse que o Brasil está atrasado no processo de digitalização em relação ao cenário internacional e que, por isso, deve acelerar.

“Nós queremos, uma economia dinâmica fortemente baseada em dados”, afirmou o secretário, que diz que a iniciativa deve agilizar o serviço público.

Algumas das soluções adotadas pelo Governo Federal usam de parcerias com a empresas privadas para o tratamento de dados dos cidadãos. É o caso de uma ferramenta que usou sistemas de inteligência artificial da Microsoft para cruzar dados de pessoas em situação de vulnerabilidade social com vagas de emprego.

Outro, ainda em desenvolvimento em conjunto com a gigante de tecnologia, é um robô de atendimento para consulta de informações do INSS. Para atender a população, a máquina precisaria ter acesso a dados pessoais --e, assim, poder informar quando o usuário receberia um benefício, por exemplo.

À Folha o secretário explicou que o uso de tecnologia de terceiros é normal por parte do governo, mas que os dados de cidadãos não vão para essas empresas. Ficam todos armazenados exclusivamente em sistemas próprios.
 

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