SoftBank investe no QuintoAndar, e startup passa a valer US$ 1 bilhão

Aporte teve participação do Dragoneer e dos já investidores General Atlantic e Kaszek

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São Paulo

O QuintoAndar, empresa de aluguel sem intermediários e fiadores, recebeu US$ 250 milhões (o equivalente a R$ 1,03 bilhão) em nova rodada de investimentos, liderada pelo conglomerado japonês SoftBank, nesta terça-feira (10).

A empresa passa a valer mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,10 bilhões) e entra para o time de sete unicórnios (startups que atingem esse valor de mercado) do país. 

Além de SoftBank, o aporte teve participação do Dragoneer, fundo de San Francisco, e dos já investidores internacionais do QuintoAndar General Atlantic e Kaszek. Em novembro, a startup recebeu R$ 250 milhões. 

Com fluxo de venture capital (capital de risco) estrangeiro, o Brasil vê a chamada “corrida de unicórnios” desde 2018. A pioneira foi a 99, de transporte, comprada pela chinesa Didi. Depois, seguiram Nubank (fintech), Arco (educação), iFood (alimentação), Stone (fintech), Gympass (benefícios de academia) e Loggi (logística).

Unicórnios são as startups (empresa de base tecnológica) de US$ 1 bilhão que operam em condições de incerteza extrema e com origem independente, segundo metodologia usada pela Distrito, empresa de inovação aberta que mapeia o setor e apoiada pela KPMG. Por esse fator, algumas fintechs de alto valor não são consideradas na categoria.

O termo ganhou popularidade por volta de 2013 —ano em que o Facebook comprou a rede social Instagram por essa quantia. As empresas ganharam o apelido porque a proporção que chega a esse valor é tão pequena que é considerada mitológica, diz a Distrito. 

As brasileiras vivem bom ciclo com o fluxo de capital de fora, a exemplo da chinesa Tencent, que investiu na Nubank, e dos americanos General Atlantic, na QuintoAndar e no Smiles, e Chromo Invest, nas fintechs Geru e Adianta. Apesar disso, o cenário ainda está distante do americano ou do chinês.

“Lá os fundos brigam para investir em startups. Aqui, elas têm que brigar muito para serem investidas”, diz Tiago Ávila, do braço de pesquisa da Distrito. Segundo ele, o país está com cerca de 48 fundos de capital de risco e 41 aceleradoras.

O anúncio do fundo de US$ 5 bilhões do SoftBank para América Latina e a captação de US$ 600 milhões do fundo argentino Kazceck para a região deram ânimo ao setor, que colhe frutos depois de anos de verba escassa.

“As empresas que estão resolvendo problemas e trazendo eficiência vão bem. Era difícil captar em 2013 e 2014. Até o ano passado, era relativamente pouco dinheiro”, diz Gabriel Braga, presidente do QuintoAndar.

Com o novo aporte, a empresa pretende expandir a operação a outras regiões (em cidades populosas de países emergentes), investir em tecnologia e exploração de novos produtos.

No curto prazo, o mercado aposta em ao menos oito empresas na corrida por US$ 1 bilhão: Creditas, ContaAzul, Ebanx, Grow (Grin e Yellow), Resultados Digitais, Viva Real, CargoX e Neoway. 

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