Conheça ferramentas tecnológicas para se sair melhor na Black Friday

Especialistas recomendam testes para ajustar navegação no site, início de campanhas com antecedência e cadastro de clientes para o futuro

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São Paulo

Vender bem e aproveitar a Black Friday depende de mais fatores do que apenas ter o menor preço. Conhecer e usar corretamente uma série de ferramentas tecnológicas pode fazer a diferença no evento, que será realizado no dia 25 de novembro.

Esses serviços aumentam as chances de o cliente ver a oferta, navegar no site sem dificuldades, fechar a compra rapidamente e ser bem atendido caso haja algum problema.

Felipe Gomes, sócio da Corebiz, empresa especializada na implantação de lojas virtuais, recomenda que o trabalho comece com uma análise da audiência do site da empresa e do comportamento do cliente para orientar a estratégia. Outra sugestão é fazer uma análise de como eles estão navegando no site para ajustar eventuais falhas.

Michelle Menhem, da loja Skymachine, que vende máquinas e equipamentos para assistências técnicas, principalmente de celulares - Karime Xavier/Folhapress

É recomendável usar ferramentas que mostram de onde o cliente vem, o que está procurando e quais as dificuldades que ele tem em sua navegação.

Para Eder Max, consultor do Sebrae-SP, um grande desafio na Black Friday é atrair consumidores para a loja.

O especialista sugere que as empresas comecem a fazer campanha para chamar a atenção dos consumidores com antecedência, usando principalmente anúncios no Google e redes sociais, oferecendo descontos progressivos, que ficam maiores conforme o evento se aproxima.

Depois de já terem sido vistas, as empresas podem usar o remarketing, mostrando suas propagandas para pessoas que já visitaram a loja ou buscaram itens semelhantes aos que oferece.

"Dificilmente as pessoas compram em uma loja na primeira vez em que entram." É preciso fazer com que conheçam e confiem antes da Black Friday, afirma.

A empresa Skymachine, de São Paulo, investiu em tecnologia para lidar com a alta demanda no dia do evento.

Proprietária da companhia, que fornece máquinas e equipamentos para assistências técnicas de celulares, Michelle Menhem conta ter desenvolvido na própria empresa um software que controla o estoque e encerra a promoção quando ele está baixo. O objetivo é não frustrar clientes com a demora na entrega por falta de produto.

A empresa também adotou a plataforma Octadesk para gerenciar mensagens recebidas via WhatsApp.
Uma das funções do serviço é separar automaticamente os clientes que procuram a empresa de acordo com o tipo de entrega que contrataram. Ela pode ser por motoboy, via Correios ou por ônibus, aproveitando os veículos que vêm para a região do Brás, na região central da capital paulista.

"Não podemos deixar o cliente aguardando atendimento, ou corremos muito o risco de ele desistir da compra", diz Menhem.

Para o grupo Leonora, que atua em frentes como distribuição e varejo online de itens de papelaria, a Black Friday é oportunidade de aumentar as vendas e também de ampliar o cadastro de clientes que farão compras ao longo do próximo ano.

Tulio da Rocha, diretor de comércio eletrônico do grupo, afirma usar o serviço da RD e Dito para manter cadastro de empresas e consumidores finais que se relacionaram com suas marcas durante o evento.

Esses serviços permitem categorizar executivos de outras empresas e consumidores segundo o poder de decisão em suas companhias ou as compras que já fizeram. Assim, esses sistemas ajudam na hora de decidir a quem fazer novas ofertas.

"Muita gente passa a conhecer nossas marcas na Black Friday e temos a oportunidade de ter novas compras com esses clientes ao longo do ano inteiro", afirma Rocha.


11 ferramentas para a Black Friday

1. Preparação

  • Felipe Gomes, sócio da Corebiz, indica serviços como Google Analytics e Adobe Analytics para ajudar na hora de montar a estratégia da empresa
  • Eles permitem identificar produtos mais buscados no site e por quais canais os consumidores chegam

2. Teste

  • É possível experimentar mudanças com apenas uma parte dos consumidores e avaliar os resultados —se geram mais vendas ou cliques em algum item, por exemplo. Use serviços como Google Optimize

3. Rastros

  • Felipe Gomes também indica ferramentas que permitem ver mapas mostrando locais do site que mais apareceram na tela dos clientes e até acompanhar passo a passo a visita de cada um deles
  • Entre as mais usadas estão Hotjar, Crazy Egg e Microsoft Clarity. Com isso, é possível entender em qual momento consumidores desistem da compra e fazer ajustes

4. Anúncio

  • Divulgações no Google e nas redes sociais são consideradas itens básicos para fazer o cliente ver suas promoções

5. Comunicação direta

  • O email permite um contato com o cliente gastando pouco e, dependendo da plataforma adotada, oferece segmentação para diferentes tipos de consumidor, diz Jonatas Abbott, presidente da Dinamize Academy, de marketing digital
  • Com moderação e para clientes selecionados, o WhatsApp também pode ser útil

6. Personalização

  • Algumas plataformas para criação de sites, especialmente as voltadas para empresas maiores, permitem mostrar diferentes tipos de produto de acordo com o perfil do consumidor e os itens que ele já comprou ou costuma olhar na internet

7. Preços

  • Serviços como o da Precifica permitem a empresas de médio e grande porte automatizar os ajustes de preço levando em conta fatores como concorrência, volume de estoque e velocidade com a qual as vendas estão sendo feitas

8. Cadastro

  • A Black Friday é oportunidade de iniciar relacionamento com clientes que poderão voltar a comprar no ano inteiro
  • Avalie ter uma plataforma de CRM para registrar e segmentar as informações deles. Atenção às regras de proteção de dados da lei brasileira

9. Segurança

  • O consultor Gastão Mattos, da Gmattos, recomenda que as empresas se protejam contra fraudes no pagamento usando serviços como ClearSale e Konduto, que adotam inteligência artificial para identificar prováveis fraudes

10. Estoque

  • O consultor do Sebrae-SP Eder Max recomenda o uso de ferramentas que controlem o estoque e impeçam a venda quando ele acabar ou enviem alerta para o empresário reavaliar os preços caso os produtos estejam sendo vendidos muito rapidamente

11. Robô

  • Evandro Polli, da Tray, sugere o uso de chatbots para ajudar no atendimento aos clientes no dia da Black Friday se houver previsão de que a quantidade de contatos será muito maior do que o normal
  • O robô também pode enviar mensagens para clientes que pararam a compra no meio e tentar resgatar a venda
Erramos: o texto foi alterado

​Tulio da Rocha é diretor de comércio eletrônico da empresa Leonora e não presidente. O texto foi corrigido.

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