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Twitter ameaça processar Meta por plágio no desenvolvimento de Threads, diz site

Pessoas da Meta disseram ao site Semafor que são acusações sem fundamento

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São Paulo

O Twitter notificou a Meta de forma extrajudicial com alegações de quebra de segredos comerciais no desenvolvimento do Threads, nova rede social do Instagram. O documento, obtido pelo site Semaphor, inclui uma ameaça de processo civil, com medida cautelar, para prevenir danos.

O advogado que assina a carta, Alex Spiro, afirma que a Meta contratou dezenas de ex-funcionários do Twitter com acesso a documentos e aparelhos eletrônicos da rede social para desenvolver uma cópia: o Threads. O texto não menciona nomes.

O diretor de comunicação da Meta publicou no Threads, Andy Stone, que as acusações da rede social de Elon Musk não se sustentam. "Ninguém no time de engenharia por trás do Threads é ex-funcionário do Twitter."

As primeiras notícias sobre o Threads vieram a público no mesmo mês em que Elon Musk anunciou que o Twitter valia metade do que foi pago em outubro pela aquisição da plataforma. Foto ilustrativa mostra silhuetas de funcionários de colarinho branco à frente de logos do Threads, à esquerda, e do Twitter, à direita.
As primeiras notícias sobre o Threads vieram a público no mesmo mês em que Elon Musk Musk anunciou que o Twitter valia metade do que foi pago em outubro pela aquisição da plataforma - Dado Ruvic/Reuters

O Twitter respondeu ao pedido de informação da Folha com um emoji de fezes —a resposta automática é enviada desde março para solicitações relacionadas a reportagens.

Segundo a notificação do Twitter, os ex-funcionários tiveram e continuam com acesso a segredos comerciais da rede social. Também mantinham compromissos em curso com a empresa.

O Twitter demitiu cerca de 4.000 funcionários desde que Musk comprou a plataforma em outubro.

O advogado do Twitter, Spiro, alega que a Meta tinha ciência da situação e contratou essas pessoas de forma intencional para desenvolver uma rede social similar ao Twitter. Essa atitude violaria leis federais e estaduais dos EUA, diz o representante.

O documento enviado à Meta também pede que a holding de Mark Zuckerberg não baixe informações de usuários e páginas do Twitter sem autorização.

Em menos de 24 horas no ar, o Threads já reúne mais de 30 milhões de usuários, conforme publicação de Mark Zuckerberg na própria rede social. As inscrições são impulsionadas por uma integração com o Instagram, que reúne mais de 2 bilhões de contas ativas.

Cerca de 300 milhões de pessoas estão no Twitter, segundo estimativas. É impossível checar esse número desde que Musk comprou a plataforma e a tirou da Bolsa de Valores.

A rede social Bluesky, desenvolvida pelo fundador do Twitter, Jack Dorsey, tem 50 mil usuários, mas aceita inscrições apenas mediante convite. O Mastodon, 13 milhões.

O documento foi interpretado pela imprensa internacional como uma tentativa de Musk de retardar o avanço do Threads.

A nova rede social do Instagram veio ao ar, com o Twitter em crise, após a compra por Musk em outubro do ano passado. As primeiras notícias do Threads apareceram na newsletter especializada Platformer em março.

As críticas ao Twitter se acentuaram após Musk ter anunciado um limite diário de visualizações de publicações.

A rede social limitou, no sábado (1º), a visualização diária de tweets a apenas 600 por usuário. No domingo (2), aumentou o limite para mil. A medida visa limitar o acesso de empresas de inteligência artificial ao conteúdo do Twitter.

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